A Corte Suprema de Justiça do Paraguai decretou ontem a pena de seis anos de prisão contra o ex-promotor (ex-fiscal antidrogas) Carlos Cálcena pelo roubo de US$ 350 mil em uma operação conjunta com a Polícia Federal, realizada na madrugada do dia 30 de dezembro de 2000, na chácara San Lázaro, propriedade do mega traficante Fernandinho Beira Mar.
Na operação, que tinha como objetivo a captura de Beira Mar, que vivia naquela época em Capitán Bado, agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) por ordem do fiscal Cálcenas, prenderam o irmão e tesoureiro de Beira Mar, Jaime Amato Filho.
A Corte Suprema ratificou, assim, a condenação emitida contra Cálcena em 20 de abril de 2006 por um tribunal de Pedro Juan Caballero, departamento de Amambaí, segundo informações de fontes judiciais.
O ex-promotor foi declarado culpado do roubo de US$ 350 mil, alem de R$ 500 mil, jóias e vários objetos de valor do cofre do tesoureiro de Beira-Mar, durante uma operação de revista realizada na residência que vivia na cidade de Capitán Bado, cidade vizinha a Coronel Sapucaia, região sul do MS.
Desse valor, roubado em uma operação judicial e policial liderada por Cálcena, a Promotoria só registrou o confisco de US$ 17.209 e R$ 15. que foram encontrados no interior do cofre de Beira Mar,que segundo Cálcenas não foi aberto no lugar da operação realizada na chácara San Lázaro.
Fotos e vídeo feitos por agentes,comprovaram que o cofre estava cheio de dólares e reais, que segundo a denúncia feita por Fernandinho Beira Mar seria superior a US$ 650 mil.
A resolução judicial emitida em 2006 argumentou que o ex-agente do Ministério Público foi condenado por apropriação agravada, crime que contempla uma pena de privação de liberdade de até oito anos.
Jaime Amato Filho, irmão de Beira Mar, foi preso nessa operação em 2000, durante a ação das forças antidrogas do Paraguai e do Brasil na zona fronteiriça e posteriormente extraditado ao país. (Com informações de Capitan Bado.com)