Na manhã desta sexta-feira (29), a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) apresentou uma quadrilha acusada de trocar veículos roubados na Capital por drogas no Paraguai. Ao todo, seis pessoas fazem parte do bando, sendo dois adolescentes. Todos foram presos durante a Operação PC-27 II, desencadeada em todo o país esta semana.
Segundo o delegado Fabiano Nagata, a quadrilha foi presa na quarta-feira (27), quando um dos integrantes conduziam um veículo Ford EcoSport, na cor preta, com placas adulteradas, pelo bairro Nova Lima. O carro chamou a atenção dos policiais que checaram a numeração e constataram que a placa era uma de uma caminhonete Chevrolet S-10, roubada em março deste ano no bairro Coophavila II. Como parte do esquema, a S-10 foi levada para o Paraguai a troco de entorpecentes.

Recentemente o carro foi usado pela quadrilha para buscar 500 quilos de maconha na fronteira
Foto: Deurico/Capital News
O EcoSport estava guardado em uma casa na rua dos Amigos, Jardim Anache, local onde a polícia prendeu Gabriel Rodrigues Nunes da Silva, Márcio de Oliveira Carvalho, ambos de 18 anos e Fernando Rafael Portillo Britez, de 22 anos. Os acusados disseram aos policiais que o veículo foi usado para buscar drogas no Paraguai e, na última ida à fronteira, trouxeram 500 quilos de maconha que já foram distribuidos para traficantes da capital. Dessa leva restaram apenas 13 quilos localizados pela Derf no telhado da casa.
Ainda durante diligências, a polícia deteve Jeferson Luciano dos Santos, de 18 anos, e um adolescente, de 17 anos, ambos estavam em veículo Ford Fox. O último integrante da quadrilha, outro adolescente, também de 17 anos, foi preso em seguida conduzindo uma motocicleta Honda CG, na cor preta, roubada de um casal na mesma tarde, nas imediações do Estádio Morenão. A moto também seria trocada por drogas. Nagata explicou que a quadrilha não roubava os veículos, mas os coordenava com o intuito de levar os carros para fora do Brasil. Os quatro integrantes apresentados pela DERF responderão pelos crimes de tráfico de drogas, com pena de cinco a 15 anos; adulteração de sinal identificador de veículos, com pena de três a seis anos; receptação, com pena de um a quatro anos e formação e quadrilha, com pena de um a três anos.

EcoSport teve placa adulterada pela quadrilha; já a moto também seria moeda de troca para o bando conseguir droga
Foto: Deurico/Capital News