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Polícia Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011, 16:30 - A | A

Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011, 16h:30 - A | A

Acusado de homicídio, traficante esquece boné na cena do crime e acaba identificado pelo DNA

Valdelice Bonifácio e Marcelo Eduardo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Polícia Civil apresentou na tarde desta quarta-feira, dia 7, Ronaldo Caldas da Silva, 23 anos, como sendo o autor do assassinato de Frederico Paulino dos Anjos, 24 anos, com sete tiros, em uma conveniência no bairro Nova Lima, em Campo Grande, no dia 23 de maio.

O suposto autor do crime que já estava preso por tráfico de drogas foi identificado através de exame de DNA. Ele deixou um boné na cena do crime que levou a polícia a identificá-lo ao fazer exame em fios de cabelo.

Conforme o delegado Weber Luciano de Medeiros o autor do crime faz parte de um grupo periculoso que domina tráfico no bairro Nova Lima. “A vítima também fazia parte. E após se desentender com o grupo acabou assinando sua sentença de morte”, explicou o delegado.

O depoimento de testemunhas também ajudou na conclusão da autoria do crime. Houve dificuldades nos depoimentos, pois as testemunhas estavam "apavoradas". Elas temem sofrer retaliações, explica o delegado.

Conforme o delegado, Ronaldo Caldas – que estava preso por tráfico tem extensa ficha policial desde a época em que era adolescente.

Durante a apresentação à imprensa, Ronaldo negou a autoria do crime.

Disse que estava comendo um lanche em estabelecimento próximo ao local do crime, quando ouviu cinco tiros e foi ver o que tinha acontecido por curiosidade. Ele alega que como já tinha mandado de prisão em aberto fugiu ao perceber a chegada da polícia esquecendo-se do boné no local do crime. "Sabe como é, a curiosidade matou o gato."

Para o delegado, a versão não se sustenta porque o muro é alto e tem cerca elétrica. O acusado pode, segundo o delegado, estar insistindo nesta argumentação por orientação do advogado.

Ronaldo Caldas, contudo, assegura que na noite em que pulou o muro a cerca elétrica ainda não tinha sido instalada. Ele diz não ter motivo para ter efetuado o crime. "Eu trabalhava de entregar marmita e tinha a Polícia com mandado, para quê iria matar alguém?"

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Delegado Weber de Medeiros segura o boné que, segundo ele, ajudou a identificar autor do crime
Foto: Marcelo Eduardo/Capital News

 

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