Alfredo Krause, 60 anos, morreu em batida entre uma caminhonete Fiat Pampa e duas carretas na rodovia BR-163, próximo à área urbana de Rio Verde (norte do Estado), na manhã deste sábado, 1º de agosto. Esta é a 14ª morte em um mês na estrada. No dia 19 de julho, no trecho entre Sonora e Coxim (também norte), seis pessoas morreram.
A vítima vinha de Sorriso (MT) a Astorga (PR). O corpo ficou preso às ferragens. Alfredo conduzia a caminhonete placa AME-1106 (de Astorga – PR). A batida foi por volta das 7h40.
Segundo informações preliminares, provavelmente, Alfredo teria tentado ultrapassar a carreta bitrem Volvo placa ABB-0503 (de Umuarama – PR)que estava à sua frente. O veículo de grande porte era conduzido por Manascés Domingos da Silva, 47 anos (ileso).
Porém, o local onde ele tentou a manobra é um aclive (uma subida). No sentido contrário vinha uma outra carreta descendo. A Scania placa EWM-2551 (de Cambé – PR), dirigida por Jaime Luiz de Mattos, 47 anos, foi a outra envolvida no choque.
Ainda de acordo com informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o condutor da Scania teria tentado desviar da Pampa quando percebeu o veículo se aproximar. Durante a manobra, acabou atingindo em cheio a outra carreta – que ficou completamente destruída. A carga – de soja – ficou espalhada por toda a pista.
O que teria piorado ainda mais o acidente foi a carga carregada pela Scania, tubos de ferro para construção. Eles teriam atingido a Pampa. Jaime – motorista da Scania – sofreu ferimentos graves e foi levado ao hospital de Rio Verde.
Outros acidentes
Um garoto de cinco anos morreu, também na BR-163, às 16h30 do dia 26 de julho, após batida entre um Fiat Uno e uma carreta Scania. No total, foram cinco mortes neste acidente: Jean Júnior da Silva, a criança; Jeová Francisco Dias, pai; Luzinete Silva, mãe; e mais um passageiro O acidente foi na região de Coxim.
Os acidentes provocaram tamanha comoção que até a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul) e a Maçonaria iniciaram movimento em prol da duplicação da estrada. O pedido não pode ser aceito, conforme o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte). O diretor-presidente do órgão, Marcelo Miranda, descartou a possibilidade de duplicação e afirma que os acidentes seriam provocados por outras causas e não pela falta de estrutura na BR.(Com colaboração de Sidney Assis, de Coxim)
