Indígenas Guarani e Kaiowá registraram, na manhã desta sexta-feira (17), o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul escolta um trator e atua na área da Terra Indígena Guyraroká, em Caarapó, região identificada e delimitada oficialmente pela Funai desde 2011.
O episódio ocorre a poucas semanas da COP30, conferência global sobre o clima que será sediada pelo Brasil em novembro, e tem repercutido entre lideranças indígenas e movimentos socioambientais. Eles apontam contradição entre o discurso do governo federal sobre sustentabilidade e a realidade de conflitos fundiários envolvendo povos originários.
Desde 21 de setembro, forças de segurança como o Departamento de Operação de Fronteira (DOF), a Polícia Rural, a Polícia Militar e a Tropa de Choque permanecem instaladas na Fazenda Ipuitã, área sobreposta ao território tradicional. As equipes atuam com apoio de drones e armamentos não letais.
A Terra Indígena Guyraroká tem 11.401 hectares, mas a comunidade ocupa apenas 50 hectares. Segundo os indígenas, além da limitação territorial, sofrem com agrotóxicos pulverizados pelas fazendas do entorno, o que agrava as condições de subsistência e segurança alimentar.
O processo de demarcação da área segue suspenso por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, desde 2011, e aguarda novo julgamento na Corte.
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