A Receita Federal deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Alquimia, que investiga o uso irregular de metanol em combustíveis e bebidas alcoólicas falsificadas. As ações ocorreram em 21 cidades brasileiras, incluindo Campo Grande, Dourados e Caarapó, em Mato Grosso do Sul.
Segundo o órgão, o objetivo é coletar amostras químicas que permitam identificar a origem do metanol e compará-las com bebidas adulteradas apreendidas. “Essas análises podem comprovar o caminho do produto até sua aplicação irregular”, explicou a Receita Federal em nota.
A força-tarefa contou com a participação da Polícia Federal, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No total, 24 empresas foram alvo das coletas, incluindo usinas do setor sucroalcooleiro, importadores e distribuidores de metanol, localizados em cinco estados.
De acordo com as investigações, há fortes indícios de que o metanol desviado esteja sendo usado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas, o que representa grave risco à saúde pública. “Estamos rastreando toda a cadeia de fornecimento, desde a importação até o consumo final”, informou a Receita.
A Operação Alquimia é um desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, que revelaram esquemas de adulteração de combustíveis com metanol. Nessas investigações anteriores, empresas de fachada eram usadas para repassar ilegalmente o produto a postos, onde era misturado à gasolina comercializada ao consumidor final.
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