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Opinião Sábado, 30 de Novembro de 2024, 10:52 - A | A

Sábado, 30 de Novembro de 2024, 10h:52 - A | A

Opinião

O G20 de 2024 e seu significado político e diplomático

Por Maria Eneida Fantin*

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Em novembro de 2024, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, a 19ª reunião da cúpula do G20, que é o principal fórum de cooperação econômica internacional. Esse grupo é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia; e dois órgãos regionais – a União Africana e a União Europeia. A importância desse grupo é imensa, pois, representa 85% do PIB mundial, 75% do comércio mundial e dois terços da população do planeta.

Dito isso, a questão que se coloca é: Qual foi a pauta da 19ª reunião do G20? Qual o balanço final sobre as discussões e os documentos consensuados no evento? Qual foi o papel político e diplomático do Brasil nesse evento do G20? Nas reuniões da cúpula do G20, ocorre o fechamento, as conclusões dos trabalhos coordenados pelo país que ocupa a presidência do grupo no momento, que desde 1º dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024 é exercida pelo Brasil. Nessas reuniões, os chefes de Estado ou seus representantes aprovam os acordos negociados e definem procedimentos para lidar com os desafios globais.

O protagonismo político do Brasil nessa 19ª reunião do G20 foi incontestável. Apesar da presença de alguns líderes de Estado alinhados com pouco compromisso social e ambiental, a habilidade política do presidente do grupo – nesse caso, presidente do Brasil – obteve o consenso, em declaração histórica, onde o grupo assume compromisso com a taxação dos bilionários, com o combate às desigualdades e com ações para conter as mudanças climáticas e eventos extremos. Além disso, foi iniciativa do Brasil trazer para essa reunião do G20 as reivindicações dos movimentos sociais, organizando os procedimentos para que suas pautas chegassem às mãos dos representantes dos países do grupo para serem debatidas no evento. Por isso, essa reunião do grupo está sendo denominada de primeiro G20 social e a África do Sul, país que presidirá o G20 no próximo ano, já se comprometeu a seguir o legado deixado pelo Brasil nessa gestão do grupo.

Toda essa repercussão, dos trabalhos realizados na última reunião do G20, deu ainda mais visibilidade com expectativas positivas para outros dois fóruns internacionais que serão presididos pelo Brasil em 2025: Os Brics e a COP30. Dessa forma, é possível afirmar que o protagonismo internacional do Brasil nas questões políticas e diplomáticas é uma realidade inegável e que o papel a ser desempenhado pelo país nos próximos anos será fundamental para a busca por soluções urgentes de problemas sociais e ambientais que assombram a humanidade.


*Maria Eneida Fantin
Mestre em Tecnologia. Docente dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Geografia da Área de Geociências do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

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