A busca da felicidade é o alvo de todo ser humano, por isso o homem se agrupa em sociedade. E o que é esse estado que o homem sempre procurou e que os filósofos e religiosos se dedicaram a definir sua natureza? Seria a felicidade uma utopia?
Tais indagações decorrem da constatação de que por vezes nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude florescente, ou até mesmo a união dessas condições, são essenciais para a felicidade.
Isso porque não há ser humano que possa dizer que se encontra num estado permanente de plenitude, de satisfação e de equilíbrio psíquico e físico, sem que o sofrimento ou a inquietude esteja presente. Talvez por isso a máxima do Eclesiastes no sentido de que “A felicidade não é deste mundo”.
Todavia, sempre é possível buscarmos um equilíbrio desejável, de modo que individualizando nosso universo pessoal, possamos progredir como seres inteligentes que somos.
Lembrando a precisa lição do irmão espiritual chamado ALPE devemos ter claro que “quando o homem puder controlar a sua vida, ele saberá, também, o que é ser feliz, pois, sem deixar de lado a serenidade, manterá o equilíbrio e a alegria. E, sem a irritação que afeta e descontrola a sua própria saúde, viverá com otimismo, porque ele sabe que Deus está dentro dele e Nele estão todas as soluções dos seus problemas.”.
Esse é um aprendizado constante que certamente nos trará um sentimento que, de alguma forma, expressará satisfação.
É a procura do autoconhecimento que ajuda na transformação de desejos em vontade e da vontade em projeto de vida. No dizer de Santo Agostinho, a busca do progresso “tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, amor e caridade, encerrando todas as condições para a felicidade do homem”.
Daí poder dizer que a felicidade tem o significado de bem-estar espiritual ou paz interior pois que está em cada um de nós e alcançá-la depende do bom uso que fazemos do que temos, sobretudo, contribuindo para a felicidade dos outros, porque “a felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido” (cf. Marxwell Maltz).
*Paulo Eduardo de Barros Fonseca
Vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas de Santa Casa de São Paulo.
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