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Opinião Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2019, 19:15 - A | A

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Opinião

Ejaculação Precoce, um problema que pode ser resolvido

Por Marco Aurélio Lipay*

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Segundo a Sociedade Internacional de Medicina Sexual, a Ejaculação Precoce (EP) ocorre em um período menor que três minutos da penetração vaginal.  A ejaculação, quando ocorre mais cedo do que um homem deseja, é conhecida como ejaculação rápida. Essas situações podem levar a frustrações do homem ou do casal, resultando até mesmo na perda de interesse da atividade sexual ou rebaixar severamente a autoestima do homem que ejacula precocemente.

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Marco Aurélio Lipay - Artigo

Marco Aurélio Lipay


Estima-se que nos EUA, cerca de 1 em cada 3 homens de 18 a 59 anos sofra de EP e na grande maioria dos casos o problema é considerado de ordem psicológica.

A ejaculação é controlada pelo sistema nervoso central. Os homens são estimulados sexualmente e os sinais são enviados do cérebro para a medula espinhal, resultando na ereção; e quando atinge um nível maior de excitação, resulta na ejaculação, que é a liberação do sêmen através do pênis.

As causas precisas da ocorrência de EP não são conhecidas. Trabalhos mostram que a serotonina (substância produzida pelo sistema nervoso central) pode modular a resposta ejaculatória e, quando esses níveis estão reduzidos, pode desencadear a EP. Foi observado que pacientes em uso de antidepressivos aumentaram o tempo de orgasmo e dos níveis séricos de serotonina.

Os fatores psicogênicos, como: depressão, estresse, culpa, expectativas irrealistas sobre desempenho sexual, história de repressão ou abuso sexual, falta de confiança, autoestima rebaixada problemas de relacionamento e ansiedade, podem levar a distúrbios de ereção e ejaculação precoce.

Em outras situações, o homem tem problemas relacionados à ereção (disfunção erétil), ou seja, não consegue sustentar uma ereção durante todo o ato sexual, resultando numa ejaculação mais rápida. A ejaculação precoce pode não ser o problema, mas sim a consequência e desaparece depois que a disfunção erétil é tratada.

Sabe-se que o envelhecimento pode levar a alterações nas ereções e nas ejaculações, mas não é uma condição especifica para a ocorrência de EP.  Alguns homens mais velhos, durante a consulta, relatam que as ereções não são tão firmes ou duradoras como no passado.  A sensação de que a ejaculação vai ocorrer de modo mais rápido dá-se em razão das mudanças naturais e fisiológicas do envelhecimento.

A melhor forma de resolver o problema é falar sobre ele.  O Urologista vai identificar a(s) causa(s), fazer o diagnóstico, solicitar exames (se necessários) e sugerir o melhor tratamento, que pode envolver o uso de remédios, terapia psicológica, terapia comportamental, ou até mesmo a associação entre elas.

 

 

*Dr. Marco Aurélio Lipay

Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada a Urologia"

 

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