A partir de então viveu com sua mulher em sua casa em Villamanrique, a 36 quilômetros de Sevilha, e teve seis filhos. Ele visitava freqüentemente o Brasil.
Dom Pedro de Orleans nasceu em 19 de fevereiro de 1913 no castelo D'Eu (França) e veio ao Brasil pela primeira vez aos 7 anos.
Tanto sua mulher como ele estiveram muito ligados a tradições da comarca de Villamanrique e da província de Sevilha. Em diversas ocasiões, os dois participaram de atividades de caráter religioso e social.
Fontes da paróquia de Villamanrique de la Condesa, que Pedro freqüentava, afirmaram à Agência Efe que ele morreu de madrugada. Elas não souberam informar o que a família decidiu sobre o funeral ou o sepultamento.
Bisneto de D. Pedro II
O príncipe Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, pretendente direto ao trono do Brasil, era bisneto de Dom Pedro II. Com o casamento em 1944 com Dona María de la Esperanza de Bourbon, terceira filha do infante espanhol Dom Carlos, princesa das Duas Sicilias e que morreu em agosto de 2005 também em Villamanrique de la Condesa, ele se tornou tio do rei da Espanha, Juan Carlos I.
Apesar de seu pai, o príncipe imperial Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, ter renunciado ao direito de suceder o trono imperial brasileiro por ter se casado com uma condessa, Dom Pedro Gastão nunca reconheceu essa atitude do pai e sempre se declarou herdeiro legítimo do trono.
O príncipe, inclusive, chegou a ser o protagonista da campanha a favor da reimplantação da monarquia no Brasil durante o plebiscito de 1993 para a escolha da forma e do sistema de governo. No plebiscito, convocado pela Constituição de 1988, a população pôde escolher entre república e monarquia como regime de governo, e entre presidencialismo e parlamentarismo como sistema. No entanto, a monarquia acabou derrotada nessa disputa.
Dom Pedro Gastão reconheceu rapidamente a derrota e desautorizou os integrantes do então Movimento Parlamentarista Monárquico a se organizarem num partido político para lutar pelo retorno da monarquia. Na época, Dom Pedro Gastão afirmou que um rei é alheio a qualquer interesse político. A campanha a favor da monarquia também foi defendida por Dom Luiz de Orleans e Bragança, que reivindica o trono do Brasil devido à renúncia do pai de Pedro Gastão.
Pedro de Alcântara Gastão João Maria Filipe Lourenço Humberto Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança nasceu no Castelo d'Eu (França) em 19 de fevereiro de 1913 e era o segundo filho (o primeiro varão) do príncipe Pedro de Alcântara e da condessa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz.
O herdeiro ao trono visitou o Brasil pela primeira vez aos 7 anos, em 1920, quando o então presidente Epitácio Pessoa revogou a lei que impedia os membros da família imperial de retornar ao país. Ele retornou à Europa para concluir seus estudos e se casou em 18 de dezembro de 1944 em Sevilha com sua prima, María de la Esperanza de Bourbon e Orleans.
Após o casamento, os dois se dividiram entre Villamarique de la Condesa e o Palácio do Grão Pará, em Petrópolis. O casal teve seis filhos, em sua maioria nascidos em Petrópolis e que vivem no Brasil. Dom Pedro Gastão dirigiu a Companhia Imobiliária de Petrópolis até o final da década de 1990, antes de retornar à Espanha.
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