Agência Gov
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Em muitas localidades no Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos, já é comum ver vagas voltadas para a recarga de carros elétricos em estacionamentos residenciais, de shoppings ou centros comerciais. Os veículos elétricos, ou EVs, são aqueles movidos 100% a bateria, sem nenhum uso de combustível fóssil. Eles são a grande promessa quando se fala em diminuição de emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Esses veículos são cada dia mais populares. Segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a agosto de 2023, quase 6.000 unidades de veículos elétricos foram vendidas no Brasil. Em 2020, esse número era de apenas 800. A procura por esse tipo de automóvel está cada dia maior e para incentivar a indústria nacional e alavancar a transição energética, o Governo Federal assinou, em setembro, o projeto de Lei Combustível do Futuro, que trata sobre a descarbonização da matriz automobilística.
Mas como são feitas as baterias dos carros elétricos? São produzidas com minerais que irão armazenar a eletricidade utilizada pelo motor. Lítio, cobalto, níquel, manganês, grafite, alumínio, cobre, aço e ferro, terras raras, nióbio, entre outros, combinados entre si, serão matérias-primas para essas baterias. Com o uso dos minerais, os carros elétricos podem chegar aos 300 quilos. Mas não se preocupe! O peso dos carros vai ser compensado com os demais itens e acessórios que serão desnecessários em um veículo puramente elétrico e a promessa é de que a performance das baterias seja ainda melhor do que dos carros à combustão.
Mas por que falamos que o Brasil vai ser um dos grandes protagonistas no assunto? Porque as reservas nacionais desses minerais são expressivas. E mais que isso, os minerais encontrados em solo brasileiros são considerados de ótima qualidade. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o país detém a maior reserva de nióbio do mundo e a 3ª maior de grafite e níquel do planeta. O Brasil também é o 5º maior produtor de lítio, tem uma reserva de 70 mil toneladas de cobalto e o manganês brasileiro corresponde a 15,9% do total mundial, com 270 milhões de toneladas, de acordo com o SGB. Além disso, uma das grandes reservas nacionais é de alumínio (bauxita), com 2,7 bilhões de toneladas, apontam os levantamentos da empresa pública vinculada ao MME.
Além de contribuir com a descarbonização e diminuição de uso de combustíveis fósseis, o incentivo à produção de carros elétricos deve alavancar o investimento na cadeia de tratamento desses minerais.
INFOGRÁFICO:
Agência Gov
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Por: Ministério de Minas e Energia
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