A noite de quarta-feira (16) foi marcada por protestos em todo o Brasil contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, feita pela presidente Dilma Rousseff (PT). Em diversas cidades, manifestantes foram às ruas com gritos de ordem, batendo panelas e buzinando.
Em Brasília, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) são 5 mil pessoas se concentraram em frente ao Palácio do Planalto. Elas foram motivados por parlamentares oposicionistas e convocações nas redes sociais. A Polícia Militar reforça a segurança na rua que dá acesso ao Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma.
O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) foi hostilizado durante o protesto na capital federal, de acordo com o jornal Correio Braziliense. Ele foi confundido com um oposicionista, apesar de ser contrário ao presidente e aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em São Paulo, manifestantes ocupam pelo menos quatro quarteirões da avenida Paulista. O edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi iluminado de verde e amarelo com uma faixa preta com os dizeres "Renuncia Já". Na Câmara dos Deputados, parlamentares gritavam "Renuncia", em alusão à presidente Dilma.
Nas redes sociais, as manifestações ganham destaque, com o assunto sendo amplamente discutido, com argumentos contra e a favor. A hashtag #OcupaBrasilia ficou em primeiro lugar no trending topics (os dez assuntos mais comentados na rede) no Brasil e no mundo.
A movimentação ocorre após a presidente Dilma anunciar na tarde de quarta-feira (16) a nomeação do ex-presidente Lula para a chefia da Casa Civil. Após o anúncio, a nomeação foi oficialmente publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
*Com informações da Agência Brasil e do jornal Correio Braziliense