A crise mundial reduziu o valor dos ativos financeiros em todo o mundo em US$ 50 trilhões no ano passado, apontou o estudo do Banco de Desenvolvimento Asiático, publicado nesta segunda-feira (10).
As perdas nos países em desenvolvimento da Ásia, que, de acordo com a pesquisa, sofrerem mais que qualquer outro emergente, foram de US$ 9,6 trilhões. Desta forma, o continente monopoliza em torno de um quinto das perdas de US$ 50 trilhões registradas no mundo todo. O número é superior ao Produto Interno Bruto (PIB) combinado de todas suas nações exceto o Japão.
"A Ásia recebeu um maior impacto que outras regiões em vias de desenvolvimento por causa do maior ritmo de expansão de suas instituições financeiras", disse em comunicado o presidente da instituição internacional, o japonês Harukido Kuroda.
"Apesar de a crise ter se originado nos Estados Unidos e em alguns países europeus, nenhuma região está isolada de seus efeitos", disse. "A visão anterior de força e invulnerabilidade se foi", afirma o estudo, acrescentando que "há preocupações sobre o efeito de uma recessão nos Estados Unidos, mas a percepção é de que a Ásia... está bem".
Pior nível em 26 anos
O índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 1,21%, ao pior nível em 26 anos, nesta segunda-feira (10) e outros mercados acionários da Ásia recuaram pressionados por preocupações sobre o destino da General Motors e de bancos norte-americanos.
A queda nos preços das ações, liderada por montadoras e pelo setor financeiro, disparou ganhos do iene e de bônus governamentais. Os preços do petróleo saltou pelo segundo dia, com expectativas de mais cortes na produção da Opep.
O índice Topix do Japão caiu ao pior nível em 25 anos durante a sessão enquanto a bolsa de Xangai recuou com investidores realizando lucros depois de um rali de quase 20% este ano. Números desta segunda-feira mostraram que o Japão sofreu o maior déficit em conta corrente da história em janeiro por conta da queda nas exportações.
O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico copm exceção do Japão operava em queda de 0,81% às 7h43 (horário de Brasília). A bolsa de Seul foi na contra-mão da tendência e fechou em alta de 1,6%. Mas uma queda de 24,14% nas ações do HSBC ocorrida antes de uma emissão nesta semana fez a bolsa de Hong Kong despencar 4,84%. A bolsa Taiwan caiu 0,55%; Cingapura recuou 3,71%; e Sydney apresentou alta de 0,29%. (Veja)
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