Embora tenha optado nos últimos anos por categorias de turismo e tirado o foco dos monopostos, Nicolas Prost, filho do tetracampeão Alain Prost, ainda persegue o sonho de chegar à F1. O francês de 29 anos vê no íntimo relacionamento com a Renault a única chance de tentar seguir os passos do pai na principal categoria do automobilismo.
Mas o piloto tem os pés no chão e reconhece as dificuldades de ingressar e se manter no Mundial. Por isso, Nicolas prefere também construir uma carreira sólida nos carros de turismo. Neste ano, o ex-representante da França na A1 GP se divide entre as competições na Le Mans Series e as corridas do Mundial de GT1, pela equipe Matech.
Ao Grande Prêmio, Prost reiterou o objetivo de correr na F1, mas fez uma ressalva. “Jamais compraria um cockpit.” O piloto testou com a Renault, em um evento da equipe francesa, em junho deste ano no circuito de Magny-Cours.
“O meu principal programa para este ano era o de competir na Le Mans Series, na LMP1, mas também andei com o carro da Renault da F1”, contou. “Mas surgiu essa oportunidade de correr aqui, no GT1. A categoria é muito interessante. Para mim, é ótimo competir aqui, principalmente por conta das corridas. Em termos de performance, tudo bem, mas ainda tenho muito que aprender”, completou Nicolas, descartando a possibilidade de voltar a correr de monoposto em outra categoria que não a F1.
“Entretanto, a única categoria de monoposto que me interessa é a F1. Mas, de qualquer forma, o meu programa para o ano que vem deve ser o mesmo de agora. São corridas interessantes e vamos ver o que acontece. Também existe a possibilidade de focar o trabalho apenas na LMS. As provas de GT são legais, mas talvez seja difícil se manter competitivo andando em duas categorias diferentes ao mesmo tempo”, salientou.
Sobre a F1, Prost foi direto. “Jamais compraria um cockpit, claro. Para mim, a única chance de estar na F1 é por meio das ligações com a Renault. Ou seja, fazendo parte do programa da Renault, com quem tenho um bom relacionamento, assim como a Genii e a Gravity.”
“É como eu disse antes. Nunca compraria um lugar na F1. Por isso, acho que a LMS se apresenta como um caminho promissor. Claro que a F1 é o topo da carreira de um piloto, mas, para mim, vencer na F1 também é como ganhar as 24 Horas de Le Mans. Então, se puder conquistar uma dessas duas, já será ótimo”, disse, revelando o único conselho recebido pelo pai.
“O único conselho que recebi do meu pai foi que o mais importante é estar em uma equipe vencedora, ter um carro competitivo, em que se tenha a chance de vencer. E isso vale para qualquer categoria”, finalizou. (Fonte: Warmup)