Um dos clubes de maior referência no futebol do Centro-Oeste nas décadas de 1970 e 1980, o Operário caminha a passos largos na tentativa de resgatar sua história. Com uma proposta de gestão moderna e profissionalizada, o clube se reestrutura aos poucos com o objetivo de resgatar a paixão nos torcedores e voltar a ser referência em Mato Grosso do Sul, além de se destacar a nível nacional.
Na avaliação do presidente do Galo, Estevão Petrallas, um dos principais desafios do Operário é resgatar sua credibilidade e desenvolver ações para atrair os torcedores, principalmente os mais jovens que não vivenciaram os tempos áureos do clube, que chegou a ser terceiro colocado do Campeonato Brasileiro de 1977, atrás apenas do São Paulo, campeão, e do Atlético Mineiro, vice.
Deurico/Capital News
O presidente do Operário, Estevão Petrallas e Orlando Arnoud Júnior, contratado para comandar o setor de Marketing do clube
“É preciso que a gente trabalhe com seriedade. Desde que assumimos no dia 1º de setembro de 2014, estamos buscando inovar. Evoluímos em vários quesitos e em outros estávamos patinando. A questão do Marketing, por exemplo, ventilamos a possibilidade de investir, mas tudo passa pela credibilidade. Aos poucos estamos resgatando isso equilibrando as ações. Conseguimos tirar o Operário da Série B, fomos para a Série A e quase fomos campeões. Então tudo isso pesa neste trabalho de resgate da imagem do clube”, diz.
O Operário aposta na experiência do empresário Orlando Arnoud Júnior, 34 anos, anunciado na manhã desta quinta-feira (24) como o novo responsável pelo setor de Marketing do clube, durante coletiva no hotel Ipê, no Jardim dos Estados, em Campo Grande.
Arnoud terá a missão de buscar patrocinadores e parceiros para o clube não apenas em Mato Grosso do Sul, mas em São Paulo e até no exterior. Também faz parte da sua incumbência trabalhar na recuperação da imagem do Operário. O empresário atuava como coordenador de Marketing do Ituano, campeão paulista em 2014, que é comandado pelo ex-jogador Juninho Paulista.
Lá, Arnoud foi responsável por implantar uma metodologia na relação clube e torcedor que ele pretende aplicar no clube sul-mato-grossense.
“Tivemos uma experiência muito boa lá (Ituano) quanto à expansão dos benefícios de ser um sócio-torcedor. Todo mundo acha que somente os grandes clubes como o Barcelona, Real Madrid entre outros conseguem gerir esse sistema, mas não. É possível implantarmos e ver resultados. Acredito que 100% dos torcedores querem ajudar seus clubes, mas eles também precisam ter vantagens”, disse.
Além do marketing, a proposta de gestão prevê a profissionalização do Operário, dentro e fora de campo, com profissionais qualificados para gerir cada área de atuação, como futebol e financeiro.
Temporada 2017
Durante a coletiva, o presidente do clube adiantou que o plantel está 70% formado faltando apenas alguns acertos finais. Jogadores como o goleiro França, por exemplo, devem voltar a atuar no clube em 2017. Outra novidade é quanto ao acerto com André Chita para atuar como novo gerente de futebol.
O time volta a aparecer no cenário através da disputa do paulista sub-19 e no dia 29 de janeiro na Copa Verde.
Conforme Petrallas, o objetivo é projetar o Operário para disputar a Série D e depois Série C. O presidente comentou ainda sobre a situação do Morenão, interditado desde 2014 pelo MPE.
“É fundamental que o Morenão seja reaberto, que as obras de adequação ao Estatuto do Torcedor sejam logo realizadas. É uma vergonha, mas essa é a realidade do futebol profissional em Campo Grande”, disse.
Social
No próximo ano, o clube pretende implantar 18 núcleos sociais nos bairros mais carentes de Campo Grande. O objetivo, segundo o presidente do Operário, é oportunizar o contato com o esporte, contribuindo assim para que as crianças possam utilizar o tempo ocioso para praticar uma atividade saudável e, desta forma, se afastar das coisas ilícitas. O primeiro bairro a receber o projeto deve ser o Dom Antônio Barbosa – região do Lixão, segundo Petrallás.
“Nós precisamos que o Poder Pública tenha uma atenção especial quanto ao potencial do esporte como uma importante ferramenta de inclusão. Através de projetos nestes bairros, poderíamos afastar dezenas de crianças das drogas e outras atividade ilícitas”, finaliza.
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