O candidato ao Governo do Estado, deputado Junior Mochi (MDB) é o quinto a participar da Série de Entrevistas com os postulantes ao executivo estadual, promovida pelo Jornal Capital News nesta semana. O candidato falou sobre suas propostas e projetos para o Mato Grosso do Sul, caso seja eleito governador.
Mochi respondeu à oito perguntas padrões (enviadas à todos os candidatos) sobre economia, saúde, educação, corrupção e governabilidade. Confira:
- Por que você quer governar Mato Grosso do Sul? (Resposta em vídeo)
- Quero ser governador do MS para fazer o que tem que ser feito, para melhorar a sua vida. Quero ser governador, para que você tenha orgulho de ser sul-mato-grossense e, acima de tudo, tenha orgulho do governante que têm… Quero ser o governador do trabalho, o governador do diálogo, o governador das parcerias, mas acima de tudo, o governador do resultado positivo em favor da nossa gente. Portanto, quero ser governador do MS para poder, honrar e dignificar a confiança do seu voto, através do meu trabalho e dos resultados que nós traremos para toda a nossa gente.
- Como você enxerga a situação atual do Estado? O que precisa ser melhorado?
- Além de garantir a efetividade das políticas públicas, como a resolutividade em saúde nos pequenos municípios, de investir na inteligência policial e proporcionar maior sensação de segurança a população, de fazer da educação uma ferramenta para o desenvolvimento humano, de reduzir a carga tributária trocando impostos por empregos, precisamos olhar as potencialidades do nosso Estado e, com inteligência, trabalhar cada uma delas. Mato Grosso do Sul tem uma localização geográfica privilegiada, riquezas naturais únicas e uma vocação nata para o agronegócio. Esses três pontos precisam ser potencializados a favor das pessoas que aqui vivem. Precisamos trabalhar nossa logística para que nos tornemos o epicentro da América do Sul em logística; as nossas belezas naturais para atrair os turistas dos cenários europeu e norte-americano, gerando empregos e injetando capital estrangeiro em nosso Estado; No agronegócio, assim como na indústria, precisamos regionalizar incentivos e a produção de acordo com as características e vocações de cada uma das nossas regiões e assim desenvolver o Estado como um todo. É com esse olhar, de um governo voltado para as pessoas, para as cidades, onde a vida acontece, que queremos governar Mato Grosso do Sul.
- Nos últimas gestões, servidores e chefes de departamentos ligados ao governo estiveram envolvidos em escândalos de corrupção. O que precisa ser feito para que essa prática seja abolida dentro do sistema público?
- Hoje fala-se muito em corrupção e em ficha limpa. A população quer mudança sim, mas quer mudança com experiência em gestão. É muito fácil ser ficha limpa sem nunca ter ocupado um cargo público. Eu fui prefeito por dois mandatos, deputado estadual por mais três e presidente da Assembleia Legislativa por quatro anos. São 20 anos de vida pública e nunca tive meu nome envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Antes da Lei de Responsabilidade Fiscal, em Coxim, eu tive a iniciativa de colocar um painel em praça pública com as receitas e despesas do governo. Dar transparência às ações do Poder Público e a participação popular é a melhor maneira de combater a corrupção. Na assembleia também fizemos isso. Instalamos o ponto eletrônico para servidores e deputados, realizamos o primeiro concurso público da história do Legislativo Estadual, além de uma reforma administrativa que reduziu as despesas e nos possibilitou devolver dinheiro ao governo para ser investido em saúde, educação, segurança e outras políticas públicas.
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- Como aumentar o investimento em saúde e educação?
- Na saúde, temos a proposta de criar e fomentar os consórcios intermunicipais de se saúde. O governo precisa pegar para si a responsabilidade de aportar recursos, com contrapartida das prefeituras e garantir um serviço de qualidade, especialmente no que se refere à efetividade do atendimento nos pequenos municípios, acabando com a chamada “ambulancioterapia”. Contudo, são as políticas transversais que garantirão a otimização dos recursos. Os acidentes de trânsito, por exemplo, são os principais causadores de traumas que consomem cerca de 60% dos recursos da Santa Casa de Campo Grande.
Na educação, nossa proposta é olhar sob três perspectivas: infraestrutura, valorização profissional e ensino/aprendizagem. Vamos instituir o SOS Escola, um mecanismo permanente de manutenção da estrutura escolar. Hoje, gasta-se muito com as chamadas atividades-meio e sobra pouco para a atividade-fim, a educação propriamente dita. Os exemplos mais claros disso vão do transporte escolar até a solução para um simples vazamento de uma caixa d'água, cuja lentidão deixa estruturas inteiras irem à ruína até que seja consertado.
- Mato Grosso do Sul é referência em produção Agropecuária. De que forma o governo pode ajudar mais os setores produtivo, industrial, empresarial e comercial?
- Digo sempre que a industrialização do nosso Estado se deu de forma manca. Precisamos estender o fenômeno que ocorreu em Três Lagoas para as demais regiões. Isso passa por uma política de incentivos diferenciada. A partir do zoneamento macroeconômico de Mato Grosso do Sul, temos que incentivar as atividades recomendadas para cada região, a partir da vocação de cada uma delas. Precisamos elevar nosso Estado a outro patamar, agregar valor à produção e nos colocarmos, como disse, como epicentro da América do Sul, investindo em logística rodoviária, ferroviária, hidroviária e aeroportuária. Isso, sem dúvida, alavancará todo setor produtivo e, consequentemente, nossa economia.
- Caso um candidato da oposição vença o pleito para a Presidência da República, como seria a relação com o Estado?
- Da mesma maneira que com um da situação. Colocando o interesse do Estado acima de qualquer divergência político-partidária. Esse é o meu perfil, foi assim que agi como presidente da Assembleia Legislativa, mesmo tendo um governador de outro partido, pois entendo que o interesse da população está acima de qualquer coisa.
Por que a escolha de seu candidato à vice? Descreva-o.
- Se tem uma política pública que o País deve a Mato Grosso do Sul, é a política de Assistência Social. Minha vice, a doutora Tânia Garib é uma referência nacional em assistência social. A escolhi pessoalmente para que ela empreste a sua credibilidade e competência ao governo. Não quero uma vice decorativa e a doutora Tania vem justamente para trazer esse olhar humano para o governo.
Qual é o seu diferencial em relação aos outros candidatos?
- O que tenho de mais importante para oferecer a população de Mato Grosso do Sul é a minha história e minha trajetória política. Nunca tive meu nome associado a escândalos, sou ficha limpa e me sinto preparado para governar nosso Estado. A marca do meu governo será o diálogo, do trabalho e dos resultados. Peço à população que avalie meu nome, minhas propostas, minha história e me dê a oportunidade de fazer uma administração voltada para as pessoas.
A Série de Entrevistas do Jornal Capital News com os candidatos ao Governo do Estado termina neste sábado (29). O sexto e último candidato entrevistado será o Juiz Odilon de Oliveira (PDT).