Desde o final da década de 1990 e início dos anos 2000, o cerrado se consolidou como a principal região produtora da fibra. Conforme a Embrapa Algodão, o ciclo do algodoeiro varia em função da cultivar e do ambiente. Quanto mais próximo à linha do Equador, mais curto é o ciclo. No cerrado, as cultivares precoces têm ciclo de cerca de 150 dias, as de ciclo médio entre 160 e 180 dias, e as de ciclo longo, mais de 180 dias.
Para o plantio, o solo deve ser adequadamente manejado e trabalhado para garantir a qualidade dos cultivos futuros. A cultura do algodão é exigente em nutrientes, demandando solo com pH corrigido e livre de alumínio tóxico, além de boas práticas de conservação da terra e da água. Outro ponto fundamental é o controle de pragas. Para garantir maior produtividade, fatores como a condição climática, a disponibilidade adequada de água e luz, e temperaturas favoráveis são essenciais.
Ainda segundo a Embrapa Algodão, a cotonicultura brasileira é um exemplo de organização setorial, com a colaboração de diversas entidades públicas e privadas, que atuam na inovação e melhoria dos processos de produção da fibra.
O algodão é a fibra têxtil vegetal mais comercializada no mundo. A cotonicultura brasileira apresenta grande diversidade em termos de sementes, climas e beneficiamento, o que pode gerar variações significativas nas características do produto. O Brasil é o terceiro maior produtor de algodão do mundo, e os principais estados produtores são Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (SPA/Mapa), o cultivo de algodão é a quarta maior cultura temporária do país, com valor de produção estimado em R$ 33 bilhões.