Parte da história da cultura LGBTQIA+ de Campo Grande acaba de ser documentada e será exibida em um documentário na próxima segunda-feira (31). “Mosaico” será exibido às 20h no canal do Youtube do Fórum LGBTQIA+ de Mato Grosso do Sul. A obra audiovisual é mais um projeto realizado por meio da Lei Aldir Blanc através da Fundação de Cultura de MS.
Dirigido por Mikaela Lima Lopes e Deko Giordan, o documentário que ressignifica a história da cultura LGBT+ de Campo Grande, a partir de relatos de alguns dos agentes que protagonizaram a cena cultural, desde os anos 80 até os dias atuais. São histórias emocionantes de uma cena que teve seu início em guetos e seu fervor na abertura de bares e casas de show para esse público entre as décadas de 80 e 2000, período que surgiram nomes que inspiraram essa nova geração de artistas, performers, drag queens, voguers, produtores e outras diversas expressões de arte LGBTQIA+, que mostram seu trabalho pela internet e, antes da pandemia, nas casas noturnas, saraus, concursos de beleza, balls e outros diversos eventos da cidade.
A diretora Mikaela Lopes se diz representada com a conclusão do documentário, “Uma experiência a mais na minha vida, registrar em vídeo acontecimentos que tiveram tanto impacto na minha vida, e que fizeram me tornar quem sou hoje, eu dedico esse trabalho a todos os artistas LGBTQIA+, que com sua graça, seus espetáculos e sua dedicação merecem todo o reconhecimento do mundo”, diz.
Para Deko Giordan, dirigir este trabalho é um marco em sua carreira. “Dirigir este doc nos permitiu rever e conhecer pessoas, mas acima de tudo, conhecer suas histórias, suas vivências na arte e na cultura, que em muito se mesclam com a história do nosso movimento. Ver e compreender o quanto as pessoas lutaram para que nossas expressões artísticas tivessem espaço, e o orgulho com que elas falam sobre isso, é algo lindo e emocionante”.
Mosaico vem para deixar na história momentos, atores, histórias de luta, glamour e abertura de portas sobre o preconceito e a discriminação, onde os LGBTQIA+ lutam com suas armas: a coragem de ser quem são, acima de qualquer coisa.