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Cotidiano Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012, 10:20 - A | A

Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012, 10h:20 - A | A

Sem salários, trabalhadores de Miranda buscam solução no Ministério do Trabalho da Capital

Alessandra Carvalho - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Cerca de cem trabalhadores estão sem salário desde dezembro de 2011, devido à falta de pagamento da empresa Construtora Aro Ltda, que é contratada pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) de Mato Grosso do Sul, para fazer a restauração do asfalto no quilômetro 622 da BR-262 até a ponte do rio Paraguai.

Segundo Amarildo Roberto de Souza Coelho, 56 anos, que trabalhava como chefe de transporte, os trabalhadores eram contratados como operadores de máquina, motoristas e serviços gerais para fazer o asfalto. Foram quase seis meses de trabalho, todos os homens tiveram a carteira assinada pela construtora e ganhavam entre R$ 600 e R$ 2 mil. No mês de dezembro de 2011, a empresa sumiu levando as máquinas, patrolas e capadora. Os salários e os 13º terceiros não foram pagos. "Todos os trabalhadores levantavam às 4h30 da madrugada e muitas vezes saiam do trabalho ás 21 horas. O mais difícil é que não deram baixa nas carteiras de trabalho. Agora não temos direito de receber Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e não podemos procurar outro emprego", afirma o trabalhador.

Todos os trabalhadores moram em Miranda, a 194 quilômetros da Capital. Muitos pagam de aluguel e tem filhos menores de 18 anos, que dependem do salário dos pais.O fiscal de obras do DNIT, Antônio Carlos Nogueira, disse que entrou em contato com a Construtora Aro Ltda que fica em Belo Horizonte (MG), e informou que os trabalhadores estão passando necessidades. "Eles disseram que vão entrar em contrato com os trabalhadores para regularizar essa questão".

Conforme Antônio, os trabalhadores tem que cobrar a construtora que também falhou com o Dnit. "Uma parte da BR-262 não foi terminada, sendo 11 quilômetros que ficaram sem a restauração. Eles alegam que não tinham mais verba e estrutura para terminar o trabalho".

A equipe de reportagem entrou em contato com Contrutora Aro em Belo Horizonte (MG), mas um atendente disse que o gerente da empresa não estava. Ela fez questão de alertar que é muito difícil ter contato com ele. Hoje, cinco dos trabalhadores virão à Capital para uma audiência no Minstério do Trabalho. Eles estão trazendo mais de 70 assinaturas de trablhadores que não receberam salário de dezembro em busca de uma solução para o caso. 

 

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