Mesmo com o avanço da medicina e campanhas de conscientização, os homens ainda se cuidam menos. A resistência em buscar ajuda médica é apontada pelo urologista Dr. Henrique Coelho como reflexo de fatores culturais e emocionais. “Desde cedo, o homem é ensinado a ser forte e não demonstrar fragilidade, e esse comportamento se reflete na saúde. O medo do diagnóstico, o preconceito com o exame de toque e até o receio de faltar ao trabalho são barreiras reais”, explica.
Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo revela que 7 em cada 10 homens só vão ao médico por insistência da parceira ou dos filhos, e mais da metade adia consultas até que os sintomas se agravem. O resultado é preocupante: doenças como o câncer de próstata continuam sendo uma das principais causas de morte masculina no país, com cerca de 47 óbitos por dia.
Durante o mês de novembro, a campanha “Novembro Azul” busca justamente quebrar esses tabus e incentivar o autocuidado. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, com estimativa de 71.730 novos casos por ano no Brasil e 1.230 em Mato Grosso do Sul.
A doença costuma ser silenciosa e, quando descoberta precocemente, tem até 90% de chances de cura. “Homens a partir dos 50 anos devem realizar anualmente o exame de sangue (PSA) e o toque retal. Já aqueles com histórico familiar precisam iniciar o acompanhamento aos 45 anos”, orienta o Dr. Henrique.
Entre os sintomas que merecem atenção estão dificuldade ao urinar, dor, sangue na urina ou no sêmen, além de necessidade frequente de urinar e desconforto pélvico.
O médico reforça que o cuidado com a saúde masculina deve ser integral, incluindo o equilíbrio físico e mental. “Não adianta cuidar só do corpo e ignorar os sinais emocionais. Ansiedade, depressão e estresse também precisam de atenção e tratamento”, afirma.
Para incentivar o autocuidado, o especialista destaca três atitudes simples:
Desconstruir preconceitos — cuidar da saúde é um ato de força e responsabilidade.
Realizar check-ups regulares — exames preventivos são essenciais para detectar doenças em estágios iniciais.
Evitar a automedicação — ao sentir qualquer sintoma, procurar um médico é o caminho mais seguro.
O Dr. Henrique Rodrigues Scherer Coelho é referência em saúde masculina, urologia e medicina regenerativa. Formado pela UFGD, com especialização em Urologia pela UFMS e aprimoramento em cirurgia minimamente invasiva e robótica, atua como cirurgião, professor e pesquisador, além de integrar a Comissão de Ética Médica do Hospital Universitário da UFMS e ser médico cooperado da Unimed Campo Grande.
Reconhecido por sua atuação em tecnologias e terapias avançadas voltadas à qualidade de vida e à autoestima masculina, o especialista reforça que o primeiro passo é simples: “Cuidar de si mesmo é o melhor investimento que um homem pode fazer.”
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