Desde o início de 2025, Mato Grosso do Sul tem registrado uma média de 2,7 mortes por dia causadas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (17), o Estado já contabiliza 434 óbitos até o dia 7 de junho.
No total, foram notificadas 5.176 ocorrências de SRAG neste ano, sendo 946 confirmadas para influenza. Campo Grande concentra o maior número de casos, com 34,9% das notificações — mais de 1,8 mil registros. Em seguida, os municípios com mais ocorrências são Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Naviraí e Miranda.
A maioria das notificações envolve crianças menores de 1 ano (25,93%) e entre 1 e 9 anos (25,17%). Já os óbitos se concentram em pessoas com mais de 80 anos, que representam 28,34% das mortes. Idosos entre 60 e 79 anos e adultos de 40 a 59 anos também aparecem com índices significativos de mortalidade.
Entre os vírus causadores da SRAG, o líder em casos é o vírus sincicial respiratório, com 1.333 ocorrências. Também se destacam o rinovírus, influenza A H1N1 e influenza A não subtipada, que juntos somam 1.682 casos. A influenza foi responsável por 159 mortes apenas em 2025, seis delas registradas nesta última semana.
Com esses números, Mato Grosso do Sul já superou o total de óbitos por influenza de anos anteriores, como os 120 registrados em 2022. A cobertura vacinal contra a doença no Estado está em 46,17%, acima da média nacional, colocando MS como o segundo no ranking de imunização no Brasil, atrás apenas do Piauí.