A Polícia Federal de Dourados concluiu o inquérito que foi aberto para investigar denúncias de desvio de dinheiro público no DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), em Dourados. Segundo divulgou na noite de ontem a TV Morena, o supervisor do departamento e outras oito pessoas foram indiciadas acusadas de participar de um esquema que fraudava licitações de obras para manutenção e construção de estradas e rodovias. O supervisor Carlos Roberto Milhorim, investigado pela PF, permanecia normalmente ontem na chefia do órgão.
Documentos e computadores que estavam no local foram apreendidos pela polícia, durante as investigações que começaram em fevereiro de 2006 e foram concluídas neste mês.
Documentos de pelo menos quatro contratos do DNIT apresentaram alteração nas medições para construção ou manutenção de estradas e rodovias do sul do Estado.
Segundo a PF, os registros apontaram obras maiores que as executadas nos locais e a diferença do dinheiro liberado para o serviço seria dividida entre os participantes do esquema.
Para a PF, os documentos apreendidos no Departamento revelaram uma espécie de contabilidade das fraudes.
O levantamento da polícia revelou que a empreiteira que executava as obras, comprava equipamentos e produtos de empresas que pertenciam aos indiciados.
Em alguns registros, a diferença dos recursos liberados para as obras que teriam sido divididos entre o grupo ultrapassou R$ 120 mil. A polícia não tem o total do dinheiro desviado no esquema.
Em entrevista à TV Morena, o delegado Bráulio César Galloni declarou que "durante o período de investigação pudemos comprovar todo o teor das denúncias que originaram a instauração do inquérito, ou seja, havia uma alteração nas medições realizadas pelas empresas sob a supervisão do DNIT. Essas alterações eram sempre a mais, o que importava em pagamento a mais pela União"
(Com informações de Dourados Agora)