Três categorias de trabalhadores estão em greve em Mato Grosso do Sul e todas realizam paralisações em todo Brasil: bancários, agentes penitenciários federais e servidores do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). As categorias se mobilizam por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
No caso dos bancários, a reivindicação é de aumento salarial de 13,23% e participação nos lucros da instituição, além de plano de saúde e auxílio educação, dois benefícios que o sindicato patronal pretende retirar dos trabalhadores.
Já os agentes contestam a medida provisória do governo federal onde altera a carga horária dos agentes de 176 para 192 horas semanais, além de reivindicar o pagamento de horas extras acumuladas, cursos de reciclagem e regularização do porte de arma.
Os funcionários do DNIT paralisaram as atividades devido a quebra de acordo por parte da União sobre a reestruturação da carreira, após mais de um ano de negociações e também reivindicam a valorização dos trabalhadores.
As paralisações têm afetado as pessoas que dependem dos serviços prestados por esses órgãos, sendo que vários clientes de bancos acabm sem atendimento e enfrentando longas filas, no presídio federal apenas 50% do efetivo trabalha e outra parte do trabalho é feita pela Força Nacional, o que onera os cofres públicos e devido à greve no DNIT obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em andamento no estado foram paralisadas.
Conforme as categorias não há como retomar as atividades sem que haja um acordo que as beneficie e apesar dos transtornos causados pelas greves, o retorno ao trabalho depende da boa vontade dos responsáveis pelos trabalhadores, ou seja, banqueiros e o governo federal.
A vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Iaci Azamor Torres diz que amanhã de manhã, às 10 horas, uma reunião em São Paulo irá definir as propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenabam), aos trabalhadores e à noite eles decidirão se permanecerão ou não em greve.
“A princípio a greve estará suspensa a partir de sexta-feira, quando estaremos em “estado de greve”, ou seja, prontos para paralisar novamente caso não haja acordo”, destacou Iaci, afirmando que se tudo correr do modo planejado, na sexta-feira os bancários retomam as atividades normais.
Quanto aos agentes penitenciários, eles se encontram em Brasília discutindo as reformas necessárias e exigidas para que retornem aos seus postos. Até o momento não há definição das negociações.
Já os servidores do DNIT, em greve desde o dia 6, ainda não entraram em acordo com o governo e pedem que “o Governo valorize a entidade, que assume extrema importância estratégica no transporte do País, tendo em vista ser a responsável pelos modais rodoviário, aquaviário e ferroviário”.