Entre janeiro e outubro deste ano, 104 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em Mato Grosso do Sul, resultado das operações realizadas por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 13 propriedades rurais do estado.
As ações ocorreram em Anastácio, Bonito, Caracol, Camapuã, Coxim, Corumbá, Deodápolis, Itaquiraí, Maracaju, Nova Andradina, Paraíso das Águas e Porto Murtinho. Em muitos desses locais, as equipes encontraram alojamentos improvisados, falta de água potável e banheiros em condições insalubres.
Dos trabalhadores resgatados, 71 eram paraguaios e 15 menores de idade. Eles atuavam em atividades como pecuária, limpeza de pastagens, colheita de mandioca, produção de carvão vegetal e construção de cercas.
O superintendente regional do Trabalho, Alexandre Cantero, destacou que o combate a esse tipo de crime exige atuação constante e coordenada.
“O trabalho análogo à escravidão é uma chaga que ainda persiste e exige de nós uma atuação firme e contínua. Cada trabalhador resgatado representa uma vida restituída à dignidade, um passo a mais na construção de um mundo do trabalho justo e humano”, afirmou.
Cantero lembrou que, apesar da redução nos números — em 2024 foram 130 trabalhadores resgatados —, o problema ainda é grave.
“A diminuição não deve ser vista como motivo de comemoração, já que o ano ainda não terminou e as fiscalizações continuam. Nosso compromisso é com o trabalho decente e com a erradicação definitiva dessa prática criminosa”, reforçou.
O uso de tecnologia tem sido um importante aliado nas fiscalizações. Segundo o auditor-fiscal Antônio Parron, drones ajudam as equipes a localizar alojamentos ocultos em áreas de difícil acesso.
“Os drones permitem uma visão aérea das propriedades e ajudam a identificar locais de confinamento escondidos em meio à vegetação. Essa tecnologia tem se mostrado fundamental para otimizar o tempo das equipes e garantir a segurança dos auditores”, explicou.
Em 2023, o MTE registrou 87 trabalhadores resgatados, incluindo cinco menores de idade, o que reforça a necessidade de ações permanentes de fiscalização e conscientização. O Ministério mantém campanhas educativas e parcerias com outros órgãos públicos para prevenir novas situações de exploração e garantir a reintegração social das vítimas.
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