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Cotidiano Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009, 09:10 - A | A

Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009, 09h:10 - A | A

Fiems estaria ameaçando trabalhadores

Lucia Morel - Capital News

Sindicalistas da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores, CGTB e presidentes de federações e sindicatos de trabalhadores nas indústrias de Mato Grosso do Sul estão preocupados com um possível retaliação por parte da Federação das Indústrias de MS (Fiems) depois da decisão por parte dos sindicalistas da não aceitarem a criação de banco de horas, redução de jornada de trabalho e de salários que foi proposta pela Fiems devido à crise econômica.

Conforme os trabalhadores, a tentaiva da federação de reduzir salários foi apenas uma"falsa crise econômica que a Fiems tentou pregar no Estado" e conforme o vice-presidente da Força Sindical, Estevão Rocha dos Santos, depois da reunião, na semana passada, em que a redução de jornada de trabalho e de salários em 25% foi rechaçada pelos trabalhadores, o presidente da federação, Sérgio Marcolino Longen teria dito, em tom de ameaça, que não estava satisfeito com a decisão dos trabalhadores e que de agora em diante as negociações seriam realizadas entre as bases, cabendo aos empresários as decisões sobre o futuro das empresas.

"Entendo a maneira como ele disse isso uma ameaça política de interesses, porque, apesar de não ter de fato ameaçado demitir funcionários, o modo como se referiu a uma possível negociação base a base denotou algo como 'eu sou o patrão, se quiser aceitar bem, se não eu posso fazer o que quiser'", exempleficou Rocha, que adiantou que, em reunião hoje à tarde, os trabalhadores irão se reunir para traçar ações que visem defender a categoria contra possíveis retaliações da Fiems.

"Queremos promover um reunião com o governador, prefeitura, Delegacia Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e com os sindicatos patronais para discutir os meios de geração de mais empregos sem risco de reduções. Como estamos em um país democrático, nada mais justo do que garantirmos que não seremos prejudicados", avaliou.

* matéria modificada às 9h55 para acréscimo de informações

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