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Cotidiano Quinta-feira, 09 de Julho de 2009, 18:11 - A | A

Quinta-feira, 09 de Julho de 2009, 18h:11 - A | A

Eficiência Energética do Fiems Inova cumpre meta de atender 40 empresas

Redação Capital News (AP)

O Projeto de Eficiência Energética, que integra as ações do Fiems Inova realizado pelo Senai em parceria com o Sebrae, conseguiu cumprir a meta de atender 40 empresas no Estado, sendo 32 de pequeno porte, quatro de médio porte e quatro de grande porte. Até o momento, 25 já receberam os diagnósticos energéticos e desse total 21 iniciaram a implantação do relatório que apontou os resultados de um estudo minucioso realizado na indústria sobre o consumo e a otimização de energia elétrica.

Segundo o empresário Irineu Milanesi, diretor da Fiems e coordenador do Projeto de Eficiência Energética, o cumprimento da meta comprova que a ação desenvolvida está no caminho certo. “As empresas que aderiram ao Eficiência Energético já começaram a obter economia de energia elétrica, conseguindo resultados positivos em todos os sentidos”, declarou, prevendo que agora devem começar a aparecer outras empresas interessadas. “Acredito que, após a conclusão da parte técnica e a oficialização de todos os diagnósticos, teremos de começar a estudar a abertura de uma nova etapa até o fim deste ano”, ressaltou.

As 40 empresas que aderiram ao projeto são a Berton, Divino Sapore, Semalo, IMB Têxtil, Brasráfia, Edyp, Universo Íntimo, Matpar, Bread, Wakamatsu, Cordoba, Escola do Senai de Campo Grande, Independência (Anastácio), Independência (Nova Andradina), Planacon, Panificadora Pão Bom, Rações Douramix, Vetorial Siderurgia, Raça Nutrição Animal, Inflex, Dronov e Dronov, Pão e Tal Conveniências, Senai de Dourados, Sesi de Dourados, Panificadora Boa Vista, União, Edifício Casa da Indústria, Douraglas, Ponto G Lingerie, Rações Bocchi (Vicentina), Du Pão Panificadora, Multinox, Matpar, Quimiplas, Genda Alimentos, Sementes Safrasul, Patena, Mar & Terra, Comid Máquinas e Rações Bocchi (Dourados).

Irineu Milanesi destacou que as 40 empresas que integram o projeto entenderam que a energia é um dos itens que mais pesa nos custos e quanto mais subsídios o empresário tiver para poder trabalhar com segurança o preço do produto melhor será. “É exatamente isso que os diagnósticos revelam”, explicou, acrescentando que a produção do documento exige a realização do levantamento da estrutura elétrica, equipamentos e máquinas, além de verificar as condições dos cabos, lâmpadas, transformadores e qualquer outro tipo de material, que esteja ligado ao processo produtivo e demande gastos de energia.

Empresários

Em Campo Grande, as empresas beneficiadas foram unânimes em destacar a importância do projeto. O diretor da Universo Íntimo, Gilberto Romanato, explicou que a empresa, que tem cerca de 800 funcionários e produz 300 mil peças por mês, tem um consumo de 45 mil kWh por mês e que o diagnóstico de eficiência energética vai permitir saber se este é o consumo ideal e que ações são necessárias para que o consumo seja otimizado. “A energia elétrica no Estado é muito cara, com este diagnóstico vai ser possível saber se estamos com o consumo de acordo com a demanda. Por isso, vamos estudar os detalhes da proposta e ver que ações devemos implementar”, ressaltou.

Já na indústria de pré-moldados Matpar, o gerente de produção e qualidade, engenheiro-civil André Cuevas, explicou que a empresa está instalada num prédio antigo e que por isso desde o início da produção do diagnóstico de eficiência energética, já foram verificados gargalos no consumo e que por isso, desde então, já estão sendo implantadas ações. “Desde o começo da elaboração do diagnóstico estamos procurando seguir todas as orientações. Já estamos trocando lâmpadas e renovando toda a fiação do prédio, agora com o levantamento concluído vamos atentar para as outras ações propostas e seus benefícios”, ponderou.

Para a proprietária da Padaria e Conveniência Pão & Tal, Ivana Monte Lima Oliveira, o diagnóstico de eficiência energética chegou em um momento oportuno para a empresa que estava consumindo além da demanda contratada e isso estava encarecendo muito os custos. “Estávamos consumindo muita energia além da contratada e agora após algumas ações sugeridas já ajustamos o consumo e posso adiantar que já estamos pagando 25% a menos na nossa conta de energia elétrica”, revelou, acrescentando que entre as ações substituiu motores e lâmpadas.

Dourados

As empresas de Dourados também reforçam o objetivo do Eficiência Energética de trazer mais competitividade para os produtos feitos no Estado. Para Andrelucio Vasconcelos Cavalcanti, gerente-geral da Moinho Pantanal, o diagnóstico de eficiência energética produzido pelo Senai serviu para verificar o custo operacional da empresa, que emprega 35 funcionários e produz por mês 500 toneladas de farinha de trigo e 125 toneladas de farelo de trigo. “A energia elétrica representa 7% do nosso custo produtivo e com as sugestões do projeto esperamos reduzir para 3,5% esse montante, que hoje varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil”, informou.

O gerente de projeto da Multinox Indústria e Comércio de Máquinas, Avelino Antônio Girelli, informou que o diagnóstico de eficiência energética serviu para mostrar que a empresa está no caminho certo nessa questão de consumo de energia. “Ele apontou que precisamos apenas trocar algumas lâmpadas, pois no nosso maquinário não está consumindo energia em excesso”, explicou, informando que a indústria do setor de metalmecânica emprega 53 funcionários, todos capacitados pelo Senai de Dourados, e comercializa com todos os Estados, além da Venezuela.

Os representantes da Douramix Indústria de Ração, Eduardo Corrêa da Silva (gerente-administrativo), Ademir Swilhelm (gerente de produção) e Luís Teodoro de Souza (gerente-geral), também destacaram o bom trabalho desenvolvido pelo Senai. Com 35 funcionários e produção mensal de 3 mil toneladas de ração para peixes, bovinos, aves e cães, a indústria espera otimizar o uso de energia no processo automatizado de gerenciamento de produção. “Esperamos diminuir o nosso custo com energia e assim melhorar a competitividade do nosso produto”, disse Luís de Souza.

Os diretores da Inflex Embalagens Plásticas, Evandro Luiz Vicente e Elziro Vicente Júnior, disseram que o diagnóstico de eficiência energética serviu para comprovar que a empresa tem um consumo de energia compatível. “Nosso projeto elétrico foi realizado pela UFMS há oito e anos e o relatório do Senai constatou que nosso consumo está dentro do esperado”, disse Elziro Jr., destacando que a indústria emprega 150 funcionários e produz 250 toneladas de embalagens plásticas por mês comercializadas para todo o Brasil.

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