O novo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, declarou à imprensa no saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande no início da tarde deste domingo (5), que além da nomeação de arcebispo de Campo Grande, também foi eleito para outras duas funções – presidente do Conselho Episcopal para a Comunicação Social da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), que a agenda está complicada neste semestre.
“As coisas que já estavam programadas neste ano vão ficar complicadas, tanto que assumo aqui no dia 10 de julho. Depois, dia 12, já começo curso de comunicação lá no Rio de Janeiro e no dia 14 já tem ordenações aqui”, enfatiza o novo arcebispo dizendo que algumas coisas vão ter de ficar de fora, mas que as próximas agendas já vão levar em conta as atividades como arcebispo de Campo Grande.
Com relação às primeiras medidas a serem tomadas a frente da Arquidiocese de Campo Grande ele destaca que não deve fazer igual a alguns gestores, que chegam e a primeira coisa que fazem é acabar com o que estava feito. “Vamos da continuidade naquilo que de bom existe, e tentar contribuir para levar o time para frente”.
A reunião de terça-feira (7), com padres e o antecessor Dom Vitório Pavanello, deve norteá-lo sobre as necessidades da arquidiocese e sobre a sua equipe. “Já tinha estado aqui algumas vezes como assessor de 2000 a 2003, e agora mais recentemente, sobretudo com destino a Dourados, mas outra coisa é quando você tem de encarar a diocese como um todo”, pondera.
Sobre ter sido eleito em 2009, pela revista Época, como um dos 100 brasileiros mais influentes, ele atribui como resultado do trabalho desenvolvido na CNBB. “A CNBB é uma caixa de resonância, pois não só da igreja, é da sociedade brasileira. A oportunidade de contato com a sociedade faz com que o secretário-geral possa dar uma contribuição, que acabou me colocando em evidência”, justifica.
Para ele, os principais desafios da igreja católica estão baseados na missão permanente, iniciação cristã, a igreja como local de animação bíblica e para que todos tenham vida, assim como o próprio Cristo. “Eu diria que essas são as urgências que as próprias diretrizes nos trazem”.
Dom Dimas reforça a importância da orientação vocacional da juventude de maneira, lembrando que quando ele mesmo concluía os estudos, muitos amigos prestavam três vestibulares em cursos diferentes, mas muitos não exerceram as funções escolhidas. “O trabalho vocacional é sempre uma necessidade. Queremos dar prioridade à formação vocacional de maneira mais ampla possível. Hoje existe uma competição mais acirrada, em que os critérios são dominados pelo mercado. A pastoral vocacional vai orientar os jovens a descobrir a seu lugar na igreja e no mundo”, conclui.
Por Gilmar Hernandes - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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