Quase mil mulheres estão sendo indiciadas e julgadas pela prática de aborto em uma clínica de Campo Grande. Segundo a delegada que preside os inquéritos, RegiNa Márcia Rodrigues, de julho último até este mês, 150 já foram indiciadas e os processos são encaminhados para o juiz Aluízio Pereira dos Santos, que já condenou algumas das acusadas a penas alternativas.
"È uma situação é muito constrangedora", afirma uma das indiciadas acrescentando que "eles vão fundo nos interrogatórios". Santos concorda, explicando que é necessário invadir a privacidade nesses casos, procurando detalhes da vida sexual e não raras vezes exigir exame de corpo de delito, ouvir namorados, familiares entre outros procedimentos que a questão exige. Das 150 indiciadas que passaram por interrogatório, 37 foram julgadas e 26 condenadas, que realizam trabalhos para entidades filantrópicas.