O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) estará em Campo Grande na sexta-feira (25/1), para abrir o ano letivo com a aula magna na Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) sobre o tema "Educação Superior - Novos Caminhos".
Em sua fala, o senador ressaltará a importância cada vez maior da educação para se ter uma vaga de trabalho. "Nos anos 1950, um soldador podia ser analfabeto. Hoje, as grandes fábricas procuram um programador em computação para que as soldas sejam feitas por robôs". Esse é um dos exemplos que o pedetista usa para reforçar a importância de um curso superior.Cristovam defende ainda que, como na Europa, sejam concedidos diplomas intermediários antes do diploma definitivo. Como exemplo, cita a quantidade de professores do ensino médio precisa. "É perfeitamente possível que, depois de dois anos de faculdade, o jovem seja capaz de dar aula em séries iniciais de matemática, de física, de química, de português, de história, conforme o curso que tenha escolhido."Para o senador, não deveria haver a figura do ex-aluno. "O aluno deveria se reciclar periodicamente. Eu não vou a um médico que parou de estudar. O profissional de medicina, como todos nas demais áreas, deve aperfeiçoar-se sempre, ler sobre as novidades. Ex-aluno só no túmulo da pessoa", enfatiza Cristovam.
Topo da pirâmide
O senador pelo Distrito Federal falará para os estudantes que estão no topo da pirâmide educacional. “De cada 100 crianças brasileiras, só 18 terminam o segundo grau com qualidade suficiente para ingressar no ensino superior, 82 crianças ficam para trás. Se pensarmos que o cérebro de cada criança é como um poço de petróleo, significa que de cada 100 poços intelectuais encontrados no Brasil apenas 18 são explorados”, explica o senador.
Para mudar essa situação, Cristovam protocolou no Senado um pedido para uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigue as causas do Apagão Educacional. "Protocolei junto a mesa diretora no dia da posse do presidente Garibaldi Alves [12 de dezembro]. Depois falei com ele que se comprometeu a levar adiante essa CPI diferente. Diferente porque trata-se de uma CPI que não busca culpados, apenas busca a melhoria da educação".(Informações assessoria)