Amanhã (18) será decisivo para os empregados em supermercados de Campo Grande. A categoria se reúne para acatar ou não as propostas dos patrões, de reajuste salarial de pouco mais de 5% e um piso salarial de R$ 510,00. Analisam também a possibilidade de partirem para greve geral. O Sindicato dos Comerciários de Campo Grande marcou assembléia geral para as 19 horas em sua sede (Rua Fernando Augusto Correa da Costa, 33, Jd. América) em frente à Igreja São Judas Tadeu.
Na sexta-feira (14) o sindicato usou o som de um trio elétrico para chamar a atenção dos comerciários, em frente a seus estabelecimentos de trabalho, tanto na área central como na periferia. Foram entregues panfletos convocando todos para a assembléia geral. No sábado teve até uma passeata pelas principais ruas do comércio central da cidade (ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, 13 de Maio e Afonso Pena), procurando sensibilizar a opinião pública para o problema que se arrasta desde abril, quando já deveria entrar em vigor a nova Convenção Coletiva de Trabalho 2008/09, com os salários reajustados e um piso salarial decente, critica o presidente do sindicato, Idelmar da Mota Lima.
Segundo ele, os donos de supermercados ofereceram um miserável salário de apenas R$ 510,00 como piso da categoria. Ele justifica as duras críticas: Como podemos aceitar essa proposta quando fechamos com os demais segmentos do comércio (lojistas principalmente) um piso de R$ 560,00. Desde 2007, esses funcionários ganhavam R$ 515,00. Valor bem maior que o oferecido hoje pelos supermercados.
GREVE
Idelmar informou que não está descartada a possibilidade de greve no setor de supermercados em Campo Grande. Tudo vai depender da vontade do trabalhador amanhã durante a assembléia geral extraordinária. Se ele não aceitar a proposta patronal e decidir pela greve, partiremos para o confronto e vamos também procurar o apoio da OAB/MS, Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Superintendência do Ministério do Trabalho, Câmara de Vereadores e outros segmentos organizados para mostrar à opinião pública o desrespeito e a injustiça com que os empresários supermercadistas tratam os empregados em seus estabelecimentos, comentou. (Assessoria)