O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) revogou o mandado de prisão preventiva do comerciante de carros Genival Siqueira e a esposa Ione Siqueira e devem responder em liberdade aos crimes de formação de quadrilha e estelionato. Siqueira está preso na Delegacia de Roubos e Furtos de Campo Grande (DERF) já Ione Siqueira está detida no Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi.Com essa decisão todos da família Siqueira estão respondendo em liberdade.
Segundo a peça judicial, o casal foi liberado em razão de estar ajudando nas investigações, ter residência fixa em Campo Grande e não representar risco à sociedade.
Após investigações desde 2008, a Delegacia Especializada de Repreessão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decom) conseguiu prender no fim de abril a família Siqueira. Fábia Siqueira foi presa em operação conjunta da Decom coma Policia de São Paulo em Engenheiro Carneiro. Os outros integrantes da quadrilha foram presos em Campo Grande. Geraldo Siqueira entregou à polícia no dia 29 de abril.
O esquema de estelionato praticado pela antiga Revendedora de Veículo Siqueira Automóveis, que ficava em Campo Grande, chegou a aproximadamente R$ 350 mil entre o final de 2007 até dezembro de 2008, período em que a empresa encerrou suas atividades e declarou falência após 27 anos de funcionamento.
De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), Adriano Garcia Geraldo, não há a hipótese de outras participações no esquema, que não seja a da família Siqueira. Na ocasião foram detidos o empresário Gernival Siqueira, a sua esposa Ione Ribeiro da Silva, sua irmã Aparecida Siqueira da Silva e as suas filhas Flávia e Fábia Siqueira Silva.
O delegado afirmou que as investigações foram precisas e apontaram como “chefe da quadrilha”, Gernival Siqueira, em seguida na hierarquia dos crimes vinha a sua filha Fábia Siqueira Silva. Ambos eram responsáveis pelas negociações, assinaturas de contratos de vendas e os pagamentos, os quais eram feitos com cheques sem fundo. Segundo a polícia, a empresa realizava a compra de carros pré-financiados para revendê-los, se comprometendo a pagar o valor restante do financiamento.
Em paralelo, a revendedora vendia o veículo pelo preço bruto, ficava com o dinheiro e não repassava os valores para o financiamento. Os clientes em sua grande parte recorriam à Justiça, que acabavam retirando o veículo dos compradores finais, já que o financiamento não era pago.
Durante depoimentos, os suspeitos alegaram que a empresa passava por dificuldades econômicas por isso acabaram realizando as negociações com as aplicações de cheques sem fundo
Por: Eduardo Penedo (www.capitalnews.com.br)
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