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Marco Eusébio Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 12:51 - A | A

Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 12h:51 - A | A

Coluna Entrelinhas da Notícia

O depoimento de Jair Bolsonaro no Supremo

Por Marco Eusébio

Da coluna Entrelinhas da Notícia
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O ex-presidente Jair Bolsonaro, principal réu da denúncia sobre a tentativa de golpe do Estado para mantê-lo no poder após ser derrotado por Lula (PT) nas últimas eleições presidenciais, admitiu ontem em depoimento ao ao Supremo que buscou comandantes militares para questionar o resultado eleitoral "dentro da Constituição", admitiu ter mostrado aos chefes das forças militares “considerandos” com propostas “alternativas” para contestar o pleito, disse que recebeu sugestões para decretar estado de sítio no país, mas afirmou que quaisquer as medidas foram descartadas porque não havia “clima” nem “margem sólida”. Ele negou, entretanto, que as conversas se tratavam de um golpe de Estado.

Durante o depoimento, o ex-presidente pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por ter insinuado, sem prova, que o magistrado estaria levando US$ 50 milhões para fraudar as eleições presidenciais de 2022. Em tom de brincadeira claramente tentando aliviar a tensão do tribunal, Bolsonaro, que está inelegível até 2030, disse a Moraes: “Eu gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026”. O ex-presidenta também chamou de “malucos” os apoiadores que acamparam no quartel-general do Exército e disse que não participou da posse de para não se "submeter à maior vaia da história do Brasil".

Para alguns analistas, ao admitir ter mostrado minuta ao então chefe do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e dizer que não havia "clima" para uma ruptura constitucional, Bolsonaro admitiu que não teve apoio do Exército (que seria necessário para um golpe de Estado) e acabou dificultanto sua defesa, já que isso foi apontado na denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex ajudante de ordens. Concluído o interrogatório dos réus, que marcou a reta final da instrução processual, fase de coleta de provas sobre o caso, acusação e defesas poderão ter prazo para pedir diligências adicionais. Depois disso, deve ser aberto um período de 15 dias para alegações finais e só então o processo pode ser levado a julgamento na Primeira Turma do Supremo. (Com Estadão, G1 e O Globo)

  

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Nascido em Santo André (SP) e radicado em Campo Grande (MS) desde a adolescência, Marco Eusébio é um dos mais experientes jornalistas de Mato Grosso do Sul. Com um estilo refinado e marcante de escrever, ficou conhecido como autor de uma das mais lidas colunas divulgadas em sites de notícias do estado. Agora em formato “in blog” amplia a comunicação com seus leitores através deste Portal www.marcoeusebio.com.br ativado no dia 29/2/2009.

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