Um dia depois de anunciar sua desfiliação do PSDB, partido no qual esteve por 24 anos, o governador gaúcho Eduardo Leite se filiou nesta tarde ao PSD, em ato na sede da sigla em São Paulo, sob as bençãos do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. Em março, o PSD já havia filiado a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que também deixou o PSDB. Agora, com a saída de Leite, o único governador que permanece no PSDB é Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul.
No PSD, Leite se torna uma alternativa para disputar a Presidência da República, mas também é cotado a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul no ano que vem. Antes de deixar o ninho tucano, o gaúcho afirmou que o PSDB está deixando de existir com o casamento com o Podemos. “O PSDB a que eu me filiei há 24 anos está deixando de existir. Tomou-se uma decisão de fazer uma fusão com o Podemos e, provavelmente, essa fusão vai ensejar um novo nome, um novo número, uma nova marca, um novo programa partidário. O PSDB, no formato que historicamente se apresentou para a população brasileira, está saindo do cenário. Vai ser um novo partido”, afirmou.
Segundo Leite, a intenção é liderar um “terceiro polo”, como opção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao portal InfoMoney, publicada ontem, o governador gaúcho disse que os outros concorrentes despendem grande quantidade de energia e tempo realizando ataques uns aos outros, em vez de concentrar esforços em resolver problemas como a segurança pública.
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