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Rural Segunda-feira, 18 de Junho de 2012, 08:40 - A | A

Segunda-feira, 18 de Junho de 2012, 08h:40 - A | A

Cotonicultores de MS prevêem prejuízo de 30% na produção por causa da chuva

Melice Sguissardi - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O que seria motivo de tranquilidade entre os cotonicultores, pelo o aumento da área plantada de algodão nos últimos anos, se tornou uma grande preocupação, devido o preço atual considerado muito baixo, comparando a outras culturas, como a soja e o milho. Além da pressão que enfrentam pelo grande estoque mundial.

No ano passado, os valores negociados estavam em torno de R$100,00 por arroba. Neste ano, foram observados negócios a R$48,00 por arroba da pluma, sendo que o custo de produção não caiu na mesma proporção.

Durante os últimos 20 anos, a produção de algodão cresceu cerca de 30% no Brasil, dando o título de terceiro maior exportador da fibra, somente atrás dos Estados Unidos e da Índia. . Esse cenário coloca o país como um dos maiores players mundiais da cultura.

No Mato Grosso do Sul, só na região de Chapadão do Sul, no raio de 300 quilômetros da cidade, a área plantada de algodão é de 99.900 mil hectares, com produção total de 405 mil toneladas e 210 mil toneladas do caroço, o que representa 80% da produção de algodão do estado.O município de Costa Rica também é umas das regiões que mais produz a cultura.

Mas mesmo com esses avanços, os cotonicultores sofrem com a presença do maior inimigo, a chuva. De acordo com a Fundação Chapadão, pode haver uma quebra de 30% nesta safra 2011/12, por causa da chuva que prejudicou o cultivo, apodrecendo o caroço. 

Germison Tomquilfki agrônomo e pesquisador da Fundação Chapadão, ressalta que um dos motivos para o prejuízo foi o espaçamento utilizado entre uma planta e outra na hora em do plantio. “ Usamos o sistema mais adensado nesta safra. Em vez de 90 centímetros, reduzimos o espaçamento para 80, com isso houve mais plantas nas lavouras e como a maioria apodreceu por causa da chuva, o prejuízo foi bem maior” – explica para à reportagem do Capital News.

No caso do preço, o presidente da Fundação Chapadão, Adriano Loeff, garante que mesmo com essa crise, o produtor vai continuar investindo em tecnologia e se destacando na produção de fibras de alta qualidade e quantidade.
 

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