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Rural Terça-feira, 28 de Abril de 2009, 08:04 - A | A

Terça-feira, 28 de Abril de 2009, 08h:04 - A | A

Setor sucroalcooleiro prevê moer 30 milhões de toneladas de cana no MS

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O setor de açúcar e álcool tem, cada vez mais, aumentado no mercado sul-mato-grossense. Prova disto é o número de interessados em instalar usinas e também o volume de cana processada no Estado. Para se ter idéia do sucesso, a safra anterior chegou a 14 milhões de toneladas, a atual deve chegar aos 18 milhões e as projeções para a de 2009/2010 são de aproximadamente 30 milhões.

Roberto Hollanda, presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), explica que mesmo com um volume de chuvas elevado nos meses de março e abril do ano passado, o que atrapalhou um pouco a colheita, o setor sucroalcooleiro ainda conseguiu elevar em aproximadamente 4 milhões de toneladas de cana moída. “Hoje, podemos dizer que as usinas não param mais. De uma safra já entra na outra e isto é muito bom para a economia local”. Hollanda prevê que a safra 2008/2009 renda 1 bilhão de litros de álcool e 600 mil toneladas de açúcar. Os números exatos serão divulgados em coletiva para a imprensa nos próximos dias.

O açúcar sul-mato-grossense já está conquistando o mercado externo com uma exportação aproximada de 50 mil toneladas. Porém, o número é uma pequena mostra de uma venda ainda maior que pode chegar a 300 mil toneladas, em breve. “Estamos consolidando a vocação exportadora de açucar e álcool do MS”, diz Hollanda.

ESTUDO – A Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) está fazendo um estudo de logística observando canais de escoamento de produção, modais, rotas, preços, entre outros pontos para aumentar a representatividade do setor sucroalcooleiro no mercado externo. Isto porque, em breve, o Estado vai ter muito produto para vender para o mercado nacional e internacional. Só neste ano já foram vendidos para fora do MS 700 mil litros de álcool.

Roberto Hollanda ressalta que na região Centro-Sul estão sendo implantados novos paradigmas em relação a produção de cana. Uma das mudanças é que tradicionalmente a safra acontecia de abril até novembro. Agora começa de um a dois meses antes e terminando mais tarde também. Ou seja, as moendas praticamente não param. Uma das explicações é de que novas usinas estão se implantando em meses diferentes.

CRISE – O setor de açúcar e álcool foi um dos que mais cresceu no período de recessão econômica mundial, inclusive porque investidores em títulos estão preferindo apostar na bioenergia. Isto tem atraído a atenção de investidores sucroalcooleiros para Mato Grosso do Sul. Sem revelar nomes como tática e política da Biosul, Roberto Hollanda revela que há grupos americanos interessados em instalar usinas no MS. Além disso, há muita oferta de terras, principalmente de pastagens degradadas. “Estamnos num período de crédito curto, mas o mundo não vai acabar com esta crise. Embora o setor demande muito capital (média de 400 a 500 milhões de reais para instalar uma unidade), vamos ter muito boas notícias”, diz. (Com informações do Agroin Comunicação)

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