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Rural Sexta-feira, 24 de Abril de 2009, 18:32 - A | A

Sexta-feira, 24 de Abril de 2009, 18h:32 - A | A

\"Compra Direta Local\" quer tornar pequeno produtor independente

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Desde novembro do ano passado, 300 pequenos produtores têm, através da segunda edição do Programa Compra Direta Local da Agricultura Familiar, a oportunidade de capitalizar-se para que num médio prazo, tenha estrutura técnica e financeira para atingir o mercado dos grandes varejos da Capital.

O Programa da Prefeitura de Campo Grande, intermediado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio (Sedesc) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) recebeu aporte financeiro de aproximadamente R$ 1,2 milhão para incentivar esse grupo da agricultura familiar.

Cerca de 80% dos produtos hortícolas comercializados pelo mercado de grandes varejos vêm de fora da cidade. Segundo a coordenadora do Programa, Karla Espíndola, isso acontece devido à sazonalidade existente na produção de hortaliças em Campo Grande. “Uma rede de supermercados, por exemplo, exige que o fornecedor ofereça determinados produtos durante todo o ano. O perfil dos pequenos produtores é produzir cada alimento em sua época natural e isso acaba afastando-o desse mercado”, explica.

Para incentivar a produção e capitalizar esse pequeno produtor local, garantindo à ele aprimorar a produção e investir em tecnologia, o Programa da Compra Direta Local realiza a compra desses produtos hortícolas, que são doados pela Prefeitura para as entidades e famílias na forma de kits de alimentos. Karla Espíndola explica que o projeto forçou esse grupo de pequenos produtores a regularizar sua situação cadastral. “Estes pequenos produtores, e 350 nomes cadastrados hoje na Sedesc não pode ser considerado pouco, viviam na informalidade.

A Prefeitura permitiu, através do Programa, que eles regularizassem essa situação. Hoje, são cadastrados na Agenfa, emitem Nota do Produtor, tem inscrição estadual. Ou seja, saíram do anonimato”. “O foco do Programa é, sem dúvida, tornar esse pequeno produtor independente. Apontamos o caminho. Depois de capitalizado, esse produtor, através das técnicas aprendidas e viabilizadas através da Prefeitura, tem todo preparo e segurança para caminhar sozinho e garantir-se dentro do mercado consumidor de hortaliças”, disse o vice-prefeito e também titular da Sedesc, Edil Albuquerque.

Compra Local – De novembro a março deste ano, 131 toneladas de hortaliças (frutas e verduras) foram comercializadas pelo Programa. Aproximadamente 900 famílias e 95 entidades assistenciais credenciadas pela Secretaria de Assistência Social (SAS) receberam esses alimentos, como forma de doação.

Espíndola explica que esses alimentos são coletados nas propriedades rurais e encaminhados à Central de Processamento de Alimentos (CPA). “Esses produtores têm a certeza de que conseguirão negociar os produtos comercializados em sua propriedade”. Em cada edição do Programa de Compra Direta Local da Agricultura Familiar, cada pequeno produtor pode comercializar o equivalente a até R$ 3,5 mil. A coordenadora do Programa ressalta que o preço pago pelas hortícolas é determinado pela média do valor de mercado, o que resulta num ganho melhor pela produção. (Com informações da Prefeitura de Campo Grande)

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