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2023 Segunda-feira, 01 de Janeiro de 2024, 13:13 - A | A

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Retrospectiva 2023 - Ligação

Rota Bioceânica rumo ao desenvolvimento

Campo Grande terá destaque pela procura pelo Bioparque Pantanal e pelos corredores gastronômicos

Vivianne Nunes
Especial para o Capital News

Sílvio de Andrade

Rota Bioceânica abre possibilidades turísticas no Mato Grosso do Sul

Cordilheira dos Andres

A promessa é antiga, tem pouco mais de trinta anos e alimenta a ideia de que o turismo sul-mato-grossense deva ter um crescimento exponencial com a finalização da Rota Bioceânica, que vai ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, facilitando o comércio entre América do Sul e o Sudeste Asiático, além de incluir trechos rodoviários no Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

Reportagem de Elaine Oliveira traz informações do professor do curso de Turismo da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Mestre e doutor Thiago Andrade Asato: “Considerando o trecho de Campo Grande a Porto Murtinho, temos as águas transparentes do Rio da Prata em Jardim, que deve ter um incremento nas vendas turísticas junto a Bodoquena e Bonito, este último um destino já consolidado",

Ainda segundo ele, a capital terá destaque pela procura pelo Bioparque Pantanal e pelos corredores gastronômicos que a cidade vem aprimorando ao longo dos anos, além do turismo de natureza em seu entorno, onde se enquadra também a modalidade do turismo de observação de aves.

Divulgação

Rota Bioceânica abre possibilidades turísticas no Mato Grosso do Sul

Professor Assato

"Oficialmente não temos uma rota turística sul-americana entre países. No mundo, a rota mais conhecida entre países é o Caminho de Santiago de Compostela. Considero também um trajeto importante a Rota 66, que não é entre países, mas pela dimensão geográfica do itinerário – passa por 5 estados norte-americanos - merece ser estudada como benchmarking", avaliou.

Asato pontuou que nas cidades de fronteira espera-se uma uniformidade em termos de ofertas que compõem a cadeia turística como opções de meios de hospedagem (hotéis, pousadas, hostels e serviços de aluguel por temporada), crescimento do número de agências de viagens, casas de câmbio, oferta gastronômica e entretenimento para diferentes perfis de viajantes."Os pontos de apoio na estrada vão evoluir a medida que a ponte binacional se aproxime da sua conclusão. Com esta proximidade, plataformas de aplicativos de motoristas devem ocupar mais espaço nas cidades de fronteira. A gestão da saúde também deve ser pautada com implantação de mais leitos e clínicas ou hospitais", diz.

O professor analisou que do ponto de vista da sustentabilidade turística, a educação é o principal indutor da mudança de paradigma. Ele acredita que a inserção de uma grade curricular escolar no ensino médio, contemplando eixos como empreendedorismo e idiomas pode ser um caminho de conscientização e capacitação.

"É o segundo elemento característico na construção de uma rota internacional de turismo. Pedágios nos trechos rodoviários, que se voltem para a preservação ambiental, com multas que pesem no bolso do contribuinte, também podem ser pensados. Esperamos que haja leis nos primeiros anos da nova Rota que tragam subsídios para os empresários locais se prepararem com antecedência para criar caminhos uniformes de infraestrutura, pessoas capacitadas e variedade de produtos e serviços", garantiu.

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