Começa a caminhada da chama olímpica

Um dos momentos mais marcantes que antecedem o início dos Jogos Olímpicos, o dia em que a chama olímpica é acesa, está programado para esta segunda-feira (24), a partir das 6h (horário de Brasília), na região da Antiga Olímpia, na Grécia. A cerimônia, que teve sua segurança ameaçada por possíveis manifestações de ativistas em defesa do Tibete, vai marcar o início do revezamento da tocha olímpica, que passará por 20 países.

A tocha será acesa na região da Antiga Olímpia, berço dos Jogos Olímpicos da Idade Antiga, através de raios de sol que, refletidos em um espelho, darão origem à chama. O ritual será conduzido por mulheres vestidas de túnicas no estilo grego antigo, representando sacerdotisas, que entregarão a tocha ao primeiro corredor, o lutador grego de taekwondo, Alexandros Nikolaidis (medalha de bronze em Atenas). Em seguida, a chama passará por várias cidades da Grécia, num total de 1.528km percorridos.

Chama percorrerá 135 cidades de 20 países

A chama será entregue ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim no dia 30 de março no Estágio Panathenian, em Atenas, cidade onde foram celebrados os primeiros Jogos Modernos, em 1896. Depois da cerimônia de entrega em Pequim, no dia 31, a tocha começará, no dia 1º de abril, sua volta ao mundo, passando por 135 cidades de 20 países.

O revezamento percorrerá 137 mil quilômetros durante 130 dias e chegará no final ao Estádio Nacional de Pequim, no dia 8 de agosto, data que marcará o início do evento.

Polêmica na passagem pelo Tibete

O destaque do revezamento da tocha, que envolverá um total de 21.780 portadores, será a condução da chama até o pico do Monte Everest, a montanha mais alta do mundo (8.848m). Para isso, o Nepal fechará em maio, a pedido da China, o acesso ao topo do monte no momento da passagem da tocha olímpica.

A iniciativa de Pequim de colocar o Everest na rota da tocha não agradou nem um pouco aos tibetanos. Para tentar impedir a passagem pelo local considerado sagrado pelo povo tibetano, ativistas estão ameaçando, inclusive, manifestações em defesa da liberdade da região durante a "visita" da tocha ao monte. No entanto, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim confirmou, na última semana, a passagem da tocha pelo Tibete e a ida ao pico do Everest.

Emanuel será o único condutor brasileiro

Emanuel, o atual campeão olímpico de vôlei de praia ao lado do parceiro Ricardo, foi o brasileiro escolhido para carregar a tocha em abril por Buenos Aires, única cidade do continente sul-americano a sediar a passagem do símbolo olímpico. Inicialmente, Jade Barbosa tinha sido a eleita em votação pela internet, mas a ginasta desistiu do posto alegando outros compromissos profissionais.

A escolha de Emanuel para substituir Jade acabou gerando polêmica. É que, de acordo com o resultado da votação, era para o nadador Thiago Pereira, segundo colocado, assumir a missão de carregar a tocha. Entretanto, Emanuel, que tem parceria com a empresa que patrocina o revezamento da tocha na América do Sul, foi o escolhido.