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Saúde Sexta-feira, 05 de Março de 2010, 14:11 - A | A

Sexta-feira, 05 de Março de 2010, 14h:11 - A | A

Audiência discute segurança em postos de saúde

Ana Maria Assis - Capital News

Na segunda-feira (8), a Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores da Capital realiza audiência pública sobre agressões nos postos de saúde da cidade. Funcionários do setor da segurança, e também das categoria: médica, odontológica e enfermeiros devem participar. Foi enviado também convite ao secretário de Estado de Segurança Pública, Wantuir Jacini, que ainda não confirmou presença.

A falta de segurança nas Unidades de Pronto Atendimento e Centros Regionais de Saúde, já vem sendo discutida e questionada há alguns meses, após casos de agressões físicas (confira em notícias relacionadas).

A audiência será no plenário Edroim Reverdito e foi solicitada pelo Sindicato dos Médicos de Campo Grande (SinMed/MS) durante uma reunião, que aconteceu no dia 24 de fevereiro, com a diretoria do Sindicato, o vereador Paulo Siufi e os demais parlamentares que compõem a Comissão de Saúde, Jamal Salem (presidente), Loester (vice) e Clemêncio Ribeiro (membro).

No dia 4 de fevereiro, o funcionário do Posto de Saúde Celso Lacerda de Azevedo, na região das Pioneiras, Reinaldo Sebastião Souza Ferreira (31), registrou boletim de ocorrência sobre ameaça que teria recebido de uma paciente.

De acordo com a Polícia, por volta das 6h, a paciente H. M. M., 54 anos, teria entrado no posto exaltada, e aos gritos reclamava do atendimento do local e do serviço público de saúde.

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Capital News ouviu guardas, sem uniformes (apenas com camisa), que se dizem com medo
Foto: Deurico/Arquivo Capital News

Em 21 de janeiro, pacientes intolerantes com a demora para serem atendidos invadiram salas de médicos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida e quase agrediram fisicamente profissionais que estavam de serviço.

Conforme apurou o Capital News (veja notícias relacionadas) a segurança no local era feita por apenas um guarda municipal, sem uniforme inclusive.

Ao Capital News, guarda que estava de trabalho no momento disse que não consegue controlar os pacientes quando a ansiedade se transforma em agressividade. Alguns guardas relataram ter medo.(Com colaboração de Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves)

Confira a íntegra da nota de repúdio do SindMed ao secretário de Estado de Segurança Pública, Wantuir Jacini, ao prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, e ao secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta

“Mais uma vez a classe médica vem externar sua revolta com relação à falta de segurança e dignidade durante o cumprimento de sua função: garantir atendimento de saúde a população.
Até quando esses incidentes que se mostram cada vez mais graves e significativos serão negligenciados? Até quando as autoridades vão deixar os profissionais de saúde á mercê de agressores e bandidos, que contam com a impunidade e a falta de solução? Socos, pontapés, escoriações e fraturas não são suficientes para sensibilizar quem deve tomar uma atitude?

Não podemos esquecer que entre os pacientes atendidos, a grande parte é formada por indivíduos de boa índole, educados e que conhecem as carências dos serviços públicos de saúde, entre elas o número insuficiente de médicos e outros profissionais para atender a população e o financiamento inadequado do setor. Porém uma pequena parcela é constituída por pessoas agressivas, muitas vezes alcoolizadas, que geram situações de conflito que acabam culminando em agressão física aos profissionais de saúde.

Após diversas reuniões e solicitações de alocação de policiais militares para garantir a segurança dos funcionários nas Unidades de Saúde e dos próprios pacientes, que também são vítimas de roubos e violência, mais uma vez assistimos, impotentes, a uma dramática cena de agressão sofrida por um de nossos colegas. Até quando teremos que conviver nesta situação? Até quando as autoridades públicas irão fechar os olhos para a necessidade de se investir em contratação de novos profissionais e de garantir condições mínimas de segurança?

E agora, quem nos defenderá? Será chegada à hora de irmos trabalhar com segurança particular? Será necessário que algo mais grave aconteça para que as autoridades tomem uma atitude eficaz? Será que só assim o secretário de Segurança Pública do Estado irá viabilizar o cumprimento das normativas do Ministério da Saúde, que determinam à colocação de policiais militares nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s)!

Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul”

Por: Ana Maria Assis  - (www.capitalnews.com.br)

 

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