A campanha contra violência nos postos de saúde de Campo Grande começou hoje (10) em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, considerada a mais violenta das nove unidades existentes em Campo Grande.
Agressões contra pessoas que trabalham nas UPA´s e nos CRS´s (Centros Regionais de Saúde), ocorrem todos os dias, devido a falta de segurança nestes locais. Os representantes do SinMed-MS (Sindicato dos Médicos) juntamente com outros sindicatos cobram das autoridades mais segurança para poderem trabalhar.
Para dar continuidade ao assunto está marcada uma audiência pública, na próxima terça-feira (16), na Câmara Municipal de Vereadores, da capital, a partir das 14h.
Os organizadores da mobilização afirmam que a “luta tem data para começar, mas não tem data para terminar”.
Histórico – Em fevereiro deste ano, no posto de Saúde Celso Lacerda de Azevedo, na região do Pioneiras, um funcionário do local recebeu ameaça de uma paciente ocasionando em um boletim de ocorrência.
De acordo com a polícia, por volta das 6 horas da manhã, a paciente Helena Maria Maropes, 54 anos, teria entrado no Posto de Saúde completamente exaltada, e aos gritos reclamava do atendimento do local e do serviço público de saúde.
Reclamando muito, a paciente teria gritado com alguns pacientes que aguardavam atendimento e disse que também iria reclamar com a Secretária Municipal de Saúde (Sesau) sobre os serviços do local.
Em determinado momento, a paciente começou a gritar que acabaria com todos no local, mesmo que fosse necessário resolver o problema de atendimento com um tiro nos funcionários do local e até mesmo na guarda municipal do posto.
Em janeiro, moradores do bairro Vila Almeida tentaram invadir o posto de saúde. A prefeitura de Campo Grande, a Sesau e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) se reuniram para tentar definir um esquema de segurança nos postos de saúde da Capital. Na reunião foi definida uma linha de contato direta entre coordenadores dos postos de saúde e os chefes dos batalhões da polícia militar.
Ao contrário do esperado pela prefeitura, a Sejusp não acatou ao pedido de reforçar a segurança do local com um efetivo maior da Polícia Militar.
Por Karla Tatiane - Capital News
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