Nova proposta foi formulada pelos professores de Dourados (cidade distante 228 quilômetros ao sul de Campo Grande), que entraram em greve nesta segunda-feira (19) por tempo indeterminado. Eles querem aumento salarial que varia de 40,63% a 44,24%. O Executivo Municipal oferece 6% de reajuste. A adesão é de 60% dos profissionais, segundo o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação local (Simted/Dourados).
Antes, os docentes queriam o reajuste imediato. Agora, após assembléia geral realizada na manhã desta segunda, eles confeccionaram um novo pedido que será protocolado ainda hoje na Secretaria Municipal de Educação.
“Defendemos o aumento escalonado até o fim do mandato do prefeito atual [Ari Artuzi (PDT)]. Aceitamos os 6% de reajuste, desde que aumente mais 12% de imediato, referente à gratificação de incentivo. O índice é linear para os professores e os administrativos. Além disso, propomos mais 15% mais o índice de inflação em 2011 e outros 15% mais o índice de inflação em 2012. Também para professores e administrativos”, explica o secretário de finanças do sindicato, Ataulfo Alves Stein Neto, com quem o Capital News conversou há pouco.
Segundo Ataulfo Stein, a adesão de mais da metade dos profissionais no primeiro dia de greve é considera “muito boa”. “Montamos comissões que vão às instituições (escolas e creches) que ainda não aderiram. Essas comissões vão visitar estes locais e, acredito que até quinta-feira, teremos 100% de adesão.”
Prefeitura refuta movimento
Para a Secretaria Municipal de Educação, o manifesto dos professores é atitude político-partidário.
“O sindicato que agora cobra um reajuste de 40% para os professores é o mesmo que em 2001 foi até a Câmara de Vereadores e propôs uma redução de R$ 50 no salário desses profissionais, alegando que a administração que se iniciava naquele ano estava com dificuldades. Isso deixa claro que trata-se de um movimento político, pois não existe a mínima condição de repor em um ano toda a defasagem salarial que se acumulou durante oito anos”, afirmou a secretária municipal de Educação, Marlene Vasconcelos, via nota oficial, assinada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.
O sindicato negou a possibilidade.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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