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Meio Ambiente Terça-feira, 01 de Dezembro de 2009, 13:40 - A | A

Terça-feira, 01 de Dezembro de 2009, 13h:40 - A | A

ZEE-MS é aprovado em primeira votação em plenário, sob protesto dos deputados petistas

Marcelo Eduardo - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Aprovado em primeira votação, o projeto de lei do ZEE-MS (Zoneamento Ecológico Econômico de Mato Grosso do Sul) causou revolta na oposição dentro da Assembleia Legislativa, formada pela bancada petista, durante a sessão desta terça-feira, 1º de novembro. O deputado Paulo Duarte informou que, se o texto for aprovado, entra na Justiça para tentar sua anulação.

Encaminhada à Casa pelo governador André Puccinelli (PMDB), a proposta ocasiona divergências com relação ao plantio e de cana-de-açúcar e implantação de usinas sucroalcooleiras na BAP (Bacia do Alto Paraguai) – no nordeste do Estado – que fora proibido por decreto presidencial. Pelo ZEE-MS, o governo Estadual permite a possibilidade de que existam as plantações e, segundo opositores, usinas na área.

“Não pode uma lei estadual se sobrepor a uma federal”, disse Duarte, referindo-se ao fato que considera inconstitucional.

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Paulo Duarte diz que vai entrar na Justiça para não permitir que ZEE entre em vigor
Foto: Deurico/Capital News

Já Kemp, apresentou emenda supressiva, que, segundo ele, deixava claro que não é permitida a implementação de usinas de cana na BAP. Foi rejeitada, somente o PT votou contra (com exceção de Amarildo Cruz, que não esteve presente).

“O texto não fala que pode. Mas, ele derruba lei antiga que impossibilitava, portanto, deixa claro que permite”, defendeu.

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Pedro Kemp apresentou emenda supressiva que, segundo ele, deixa claro que usinas não serão permitidas na BAP; proposta foi rejeitada
Foto: Deurico/Capital News

Membro da base governista, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que considera a matéria legal. “Acredito que tem consistência cientifica e jurídica.”

Projeto

Conforme o engenheiro Sérgio Yonamine, responsável técnico pelo ZEE-MS, o projeto permite que a plantação de cana seja aumentada em todo o Estado no dobro da atual. O engenheiro e sua equipe dividiram o Estado em oito zonas (partes). A destinada à implantação de usinas e produção sucroalcooleira salta de 0,8 milhões de hectares para 1,7 milhões de hectares. Ele esteve em audiência pública na semana passada, na Assembleia, à noite.

As demais zonas seriam: Pantanal, 8,8 milhões de hectares; Áreas de Proteção Ambiental, 6,72 milhões de hectares; Silvicultura, 1 milhão de hectares; Pecuária, 12 milhões de hectares; Agricultura, 4,3 milhões de hectares; Perímetro Urbano (área urbana de todas as cidades somadas), 0,5 milhão; e Possível expansão para atividades diversas, 0,68 milhões de hectares.

Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

 

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