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Reportagem Especial Quinta-feira, 26 de Agosto de 2021, 10:05 - A | A

Quinta-feira, 26 de Agosto de 2021, 10h:05 - A | A

Campo Grande 122 anos

Direto da Ásia, árvores da Afonso Pena completam 100 anos

Canteiros da avenida tem sido palco para diversas manifestações com o passar das décadas

Elaine Silva
Capital News

Deurico/Capital News

Direto da Ásia, árvores da Afonso Pena completam 100 anos

Árvores da Afonso Pena

Trazidas por fazendeiros do século passado que foram até a Ásia buscar cabeças de gado Zebu e, com eles, vieram mudas de Mangueiras e Figueiras que desembarcaram em Campo Grande no início do século XX e completam 100 anos em 2021. A Avenida Afonso Pena e toda extensão dos seus canteiros é um patrimônio cultural e paisagístico, por ser um marco original do processo de urbanização de Campo Grande.

Deurico/Capital News

Direto da Ásia, árvores da Afonso Pena completam 100 anos

Árvores da Afonso Pena

 

Por volta da segunda década do século XXI, foram plantadas pelas mãos dos prefeitos de Campo Grande à época Dr. Arlindo de Andrade Gomes, Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo e Dr. Eduardo Olímpio Machado. Conforme a Prefeitura de Campo Grande, na década de vinte, na gestão de Arlindo de Andrade, foram plantados os fícus e os ingazeiros. Posteriormente os demais canteiros foram sendo arborizados e ajardinados. Nesses canteiros foram plantadas espécies nativas do cerrado e exóticas.

 

As grandiosas e exuberantes Figueiras resistem às mais distintas adversidades constantes no ambiente urbano. Desta forma, a Prefeitura realiza, desde 2017, o monitoramento e os tratos culturais mais indicados para a preservação desses exemplares.

 

Em 2018, 24 árvores na avenida Afonso Pena, entre as ruas José Antônio e Calógeras, receberão tratamento contra insetos que prejudicam seu desenvolvimento e saúde. Na ação, para a eficácia do tratamento, foi escolhido o Óleo de Neem, que será aplicado em duas etapas, com intervalos de 15 dias, visando o ataque direto aos insetos que prejudicam as árvores.

Deurico/Capital News

Direto da Ásia, árvores da Afonso Pena completam 100 anos

Árvores da Afonso Pena

 

Em 4 de outubro de 2019, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) publicou um decreto que dispõe sobre o tombamento do canteiro central e das árvores octogenárias da avenida. Os espaços ficam tombados entre a avenida Tiradentes e a Praça General Newton Cavalcante, até o começo da Avenida do Poeta. Conforme o decreto ficou proibido demolir, destruir, alterar, mutilar, transformar, reparar, pintar ou restaurar os espaços internos dos canteiros centrais sem a autorização prévia da Prefeitura. Canteiros centrais e as árvores estão inscritos no livro de Tombo Histórico e Paisagístico de Campo Grande.

 

A arborização dos canteiros da Afonso Pena exerce junto com as demais vegetações uma importante função para a saúde e contribui para a melhoria do clima na cidade, além das espécies ali plantadas serem documentos vivos que contam a história da evolução do planejamento urbano e paisagístico da cidade, e o espaço para as mais diversas manifestações cívicas e culturais.

Saul Schramm/Portal MS

Estátua do Manoel de Barros é alvo de vândalos

Estátua do Manoel de Barros

Quintal do Manoel

O quintal do poeta Manoel de Barros fica na Avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, quase em frente ao antigo quartel do Comando Militar do Oeste (CMO). O monumento se abrigará entre duas árvores centenárias da espécie figueira. 

 

Manoel de Barros foi esculpido em uma réplica do sofá de sua casa. A escultura em tamanho real apresenta algumas características marcantes, rica em detalhes, desde o sorriso cativante do poeta aos seus trajes simples, as pernas cruzadas, o tênis surrado, ao lado de caramujos e do ninho de pomba, com os quais dialogava e se inspirava entre imagens, lembranças e metáforas.

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