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Polícia Terça-feira, 09 de Agosto de 2022, 10:34 - A | A

Terça-feira, 09 de Agosto de 2022, 10h:34 - A | A

Inquérto concluído

Três pessoas são indiciadas por morte de pecuarista

Envolvimento da irmã da vítima foi descartado

Iury de Oliveira
Capital News

Reprodução/Rede Social

Morte de pecuarista em condomínio de luxo é investigada

Andreia Flores foi encontrada mortas com vários ferimentos

A  Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF) concluiu o inquérito policial que investigou o roubo que resultou na morte de Andreia Aquino Flores, de 38 anos de idade. Foram indiciadas as empregadas da vítima, Lucimara Rosa Neves, 43 anos, Jéssica Neves Antunes, 24 anos, e de Pedro Benhur Ciardulo, 20 anos, por latrocínio (roubo seguido de morte).

 

De acordo com o delegado que conduziu o inquérito, Francis Flavio Freire, os três têm versões iguais sobre o assalto que terminou em morte, no dia 28 de julho. Lucimara foi quem planejou tudo. A ideia era conseguir que a vítima fizesse Pix de R$ 50 mil. Pela “ajuda” dos comparsas, a própria filha e o cunhado, “Mah”, como era conhecida a funcionária que trabalhava como uma espécie de governanta na casa da pecuarista, pagaria R$ 20 mil, sendo assim, R$ 10 mil para cada. Os outros R$ 30 mil ficariam com Lucimara, que usaria o dinheiro para pagar dívidas com agiotas.

 

A mentora do crime também contou à polícia que a intenção de simular o assalto era fragilizar Andreia. Ela precisava conseguir que a patroa assinasse documento relacionado a uma negociação de gado e em troca, receberia ajuda financeira da irmã da vítima com as dívidas, para quem também já trabalhou. A ideia foi então lucrar com o assalto simulado e depois, fazer Andreia acreditar que a irmã havia enviado o criminoso como uma ameaça de morte, mas arquitetou o plano sem o conhecimento da ex-empregadora.

 

Lucimara falou em um pagamento de R$ 50 mil, mas em depoimento à polícia, a irmã disse que ofereceu uma recompensa sem confirmar o valor “A empregada disse que queria fragilizar a vítima, para convencê-la a assinar o documento. A irmã confirma que estava fazendo isso [tentando a assinatura] por intermédio da empregada, porque detinha a confiança dela. Queria que esse documento não passasse pelos advogados da vítima, porque na visão dela, eram eles que estavam dificultando”, explica o delegado.

 

Ainda conforme a polícia, "durante a investigação, ficou claro que o crime foi planejado no dia anterior e, inclusive, momentos antes do crime, Lucimara tirou o cachorro da vítima da residência e o deixou num pet shop, para que não dificultasse a ação”.

 

Com os criminosos, a polícia localizou um Macbook, dois celulares da marca Iphone e uma caixa de som da marca JBL, bens avaliados em R$ 15,5 mil.

 

Além dos depoimentos dos três participantes do crime e testemunhas, a investigação da Derf conseguiu provas materiais, como os celulares da vítima, encontrados na fossa da casa de Jéssica. Os aparelhos foram encaminhados para a perícia.

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