Quarta-feira, 09 de Abril de 2008, 12h:45 -
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Suspeitos de fraude, 13 prefeitos são presos pela PF
G1
Subiu para 13 o número de prefeitos presos nesta quarta-feira (9) pela Operação Pasárgada, da Polícia Federal, disse ao G1 a assessoria do órgão. Segundo a PF, foram presos 11 prefeitos de municípios de Minas Gerais e dois da Bahia.
Cerca de 500 policiais federais participaram da operação que tem o objetivo de pôr fim a um esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), cujo prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 200 milhões.
Também foram presos na operação da Polícia Federal um juiz federal, nove advogados, quatro procuradores municipais, quatro funcionários do judiciário, um gerente da Caixa Econômica Federal e um lobista.
Entre os prefeitos presos, segundo a PF, estão: Carlos Alberto Bejani (PTB), de Juiz de Fora-MG; Demetrius Arantes Pereira (PTB), de Divinópolis-MG; Júlio Cesar de Almeida Barros (PT), de Conselheiro Lafaiete-MG; José Estáquio Ribeiro Pinto (DEM), de Cachoeira da Prata; Geraldo Nascimento (PT), de Timóteo-MG; e Ernesto Peçanha da Silva (DEM), de Itabela-BA.
Também foi detido o prefeito de Sobradinho (BA), Gilberto Balbino (PR). O G1 tenta contato com a Prefeitura. Foram presos ainda, segundo a PF de Minas, prefeitos de outras seis cidades mineiras.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Juiz de Fora não confirmou a prisão do prefeito, mas disse que a PF estava nas instalações da administração municipal e na casa do prefeito. Afirmou que, se confirmado, a assessoria divulgaria nota oficial.
Na Prefeitura de Divinópolis, a assessoria afirmou que haveria uma coletiva de imprensa às 14h para falar sobre o caso e disse que enviaria ao G1 uma nota oficial.
Segundo o secretário de Governo e Imprensa de Conselheiro Lafaiete, Diarlhes Pider, que o prefeito está "tranqüilo". Afirmou que a PF deteve Júlio Cesar de Almeida Barros sob alegação de que ele não interfira nas investigações. O secretário informou ainda que a PF questiona a contratação de uma consultoria para reaver recursos do INSS, mas a operação teria tido a autorização de uma juíza federal.
"Não temos nenhum interesse em esconder nada. Achamos importante a PF cumprir esse papel. Se dos presos, encontrarem um culpado, já é positivo", disse o secretário.
Em Cachoeira da Prata, o recepcionista da Prefeitura afirmou que não há ninguém na assessoria de imprensa e nem no gabinete do prefeito e solicitou que a reportagem voltasse a entrar em contato às 13h.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Timóteo afirmou que, como a investigação corre em sigilo, não há nada a declarar. No fim desta tarde, a assessoria divulgará uma nota oficial sobre o caso.
A Prefeitura de Itabela informou que não havia ninguém para comentar a prisão do prefeito Paulo Ernesto Peçanha da Silva, pois a prefeitura ainda não sabe o que ocorreu. Segundo a Prefeitura, secretários do governo se reuniram para discutir o assunto.