A operação "Black Cat", foi deflagrada, nessa quarta-feira (23/9), pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), e pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), com o fim de interditar barracas de jogo do bicho instaladas na cidade de Campo Grande.
Durante as diligências realizadas na quarta-feira, também se constatou que nas barracas havia a venda de cartelas com a denominação do Pantanal Cap. Até então, foram lacradas cerca de 60 barracas, e esta ação terá continuidade nos próximos dias. O rompimento do lacre configura o crime previsto no artigo 336 do Código Penal, sujeitando o infrator à pena de detenção de até um ano.
Está é a quarta fase da operação Omertà. As investigações apontaram que a maioria das barracas está instalada em passeios públicos nesta Capital, o que implica também infração administrativa por ocupação irregular de espaço público, cabendo ao Poder Público a remoção imediata de todas estas estruturas.
“Restou evidenciado ainda que pontos de realização de jogo do bicho também funcionam no interior de estabelecimentos comerciais, o que configura infração de ordem penal e administrativa, acarretando aos proprietários dos respectivos locais responsabilização penal e, até mesmo, a cassação do alvará de funcionamento”, diz a nota do MPMS.
O jogo do bicho tornou-se ao longo do tempo grande financiador de organizações criminosas de alta periculosidade pela violência empregada em ações delituosas a fim de garantir a lucratividade do negócio, inclusive no Estado de Mato Grosso do Sul. Nos relatórios de investigação e peças processuais derivadas da operação, é citado sempre que a estrutura da estrutura do escritório de pistolagem copiou a forma de atuação do jogo do bicho.
Integrantes do grupo já respondem, oficialmente por três assassinatos e são investigados e pelo menos mais uma dezena, ao longo dos últimos anos. Um dos casos mais rumorosos é a morte do delegado aposentado Paulo Magalhães, ocorrido em 2013, em Campo Grande, cujo inquérito foi desarquivado este ano.
Nome
Nome da operação é em alusão a "Gato Preto", como se denomina a banca ilegal de exploração do jogo de azar.
Omertà
Operação envolvendo o arsenal apreendidos com um guarda municipal, acabou com a prisão preventiva do empresário Jamil Name e o filho dele Jamil Name Filho, nesta sexta-feira (27). Os dois foram detidos durante a Operação Omertà, que envolve o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Garras), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
A operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados e de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.