O vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), foi preso nesta quarta-feira, 3, durante a terceira fase da Operação “Tromper” deflagrada hoje pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP/MS). A ação ocorreu por meio da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Sidrolândia, juntamente com o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, (Gaeco).
Há menos de um mês Serra voltou à Câmara Municipal de Campo Grande para assumir a vaga deixada por Ademir Santana. Claudinho era secretário municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica em Sidrolândia, cidade distante a 60 quilômetros. Além dele, a operação do Ministério Público tem como alvo empresários, vereadores e servidores públicos do município.
Todos são acusados de participar de um esquema de corrupção e fraude em licitações. As investigações apontam um rombo de R$ 15 milhões nos cofres públicos de Sidrolândia.
A ação pretende cumprir oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. Segundo as informações do Ministério Público do Estado, o desdobramento das investigações, conduzidas pelo Gecoc, ratificou a efetiva existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais. Também foi identificada nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.
A operação contou com o apoio operacional do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.
O caso
Em maio de 2023 a operação Tromper teve como alvo nove pessoas e quatro empresas envolvidas em fraude em procedimento licitatório, falsidade ideológica, associação criminosa, sonegação fiscal e peculato.
O Ministério Público Estadual identificou a existência de um esquema de corrupção na atividade administrativa do município de Sidrolândia, aparentemente em funcionamento desde o ano de 2017, gestão passada, de Marcelo Ascoli, destinado a obtenção de vantagens ilicitas por meio de fraudes em licitações.
Os investigados foram denunciados por suspeita de criar objeto social sem apresentar qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução do serviço nos contratos firmados com o município.