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Opinião Domingo, 28 de Março de 2021, 09:57 - A | A

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Opinião

Óleo de lorenzo e o tratamento precoce

Por Walter Roque Gonçalves*

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Em 1978, nos EUA, Augusto e Michaela Odone descobriram que o seu filho Lorenzo Odone - de apenas 6 anos - estava com uma rara doença conhecida como adrenoleucodistrofia (ALD). Esta enfermidade degenera silenciosamente e lentamente o cérebro da criança até levá-la à morte. Os médicos à época deram no máximo 2 anos de vida para a criança, mas com o Óleo de Lorenzo criado pelo seu pai, teve 20 anos de sobrevida. A história inspirou o filme “Óleo de Lorenzo” de 1992 que mostra como o óleo, ainda sem comprovação científica, salvou milhares de vidas. Será que o controverso tratamento precoce do Covid-19 é um novo Óleo de Lorenzo?

Divulgação

Walter Roque Gonçalves - Artigo

Walter Roque Gonçalves

 

Quando o composto surgiu pelas mãos dos pais de Lorenzo, a polêmica foi gigantesca. Havia evidências da sua eficácia nas pesquisas e nos experimentos empíricos de Augusto e Michaela Odone, contudo não eram reconhecidos pela comunidade científica e foram duramente criticados. Famílias desesperadas, inconformadas e sem condições nenhuma de aguardar os tais dispendiosos e demorados estudos, se renderam ao novo tratamento! Os relatos de quem usou o Óleo de Lorenzo para inibir a doença são os melhores. Com o passar do tempo, os estudos científicos foram concluídos e a eficácia do Óleo de Lorenzo foi comprovada.

Segundo a Dra. neuropediatra Mara Lucia Schmitz, o Óleo de Lorenzo não é a cura definitiva, mas pode ajudar a salvar muitas vidas! O composto reduz drasticamente o progresso da enfermidade, permitindo que o paciente tenha sobrevida e responda melhor ao transplante de células tronco. Os médicos que defendem o tratamento precoce para o Covid-19 também não prometem a cura, mas deixam claro que o chamado Kit Covid pode salvar muitas vidas através da redução da carga viral e da minimização das complicações futuras. Estes profissionais se fundamentam nos estudos já divulgados dos medicamentos do kit e na larga experiência que carregam no exercício da medicina.

Por fim, o Dr. Francisco Cardoso, defensor do tratamento precoce, em entrevista à Jovem Pan, diz que não há com que se preocupar, desde que os medicamentos sejam prescritos por um médico qualificado, pois não se trata de um kit padrão e nem um incentivo à automedicação! Portanto, enquanto os estudos não ficam prontos, o que deve fazer o cidadão que se depara com um ente querido contaminado? Deve esperar até que a doença se agrave e ar lhe falte? Será que estamos de fato diante do “kit ilusão” ou o coquetel é o novo óleo de Lorenzo para tratar o Covid 19?

 

 

*Walter Roque Gonçalves

Professor ABS/FGV, consultor de resultados | CRA 144.772 | Contato: (18) 99723-3109 | e-mail: [email protected]

 

 

 

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