A JBS anunciou nesta terça-feira (6) a venda das operações em três países do Mercosul para a empresa brasileira Minerva. As subsidiárias envolvidas na negociação foram da Argentina, Paraguai e Uruguai (JBS Paraguay, IPF, JBS Argentina e Frigorifico Canelones) em um negócio de US$ 300 milhões (equivalente a R$ 983 milhões).
Foi a primeira grande ação da JBS após a divulgação dos escândalos da operação Carne Fraca e a delação premiada dos donos da JBS, que colocaram a empresa no centro do noticiário político, incluindo o presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Segundo o comunicado, o preço ainda está sujeito a um ajuste referente à diferença entre o capital líquido e o endividamento das marcas negociadas. A estimativa da JBS é de que, em 31 de março, as empresas tivessem saldo positivo de US$ 40 milhões.
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Em um comunicado, a JBS relata que o negócio inclui a “operação de carne bovina - abate, desossa, industrialização, processamento e comercialização nos três países" excluindo a operação de couros na Argentina e no Uruguai.
"A JBS ressalta que segue comprometida em manter o curso regular dos negócios até a conclusão da operação, o que inclui a manutenção dos empregos em cada um dos países envolvidos", completa a nota.
A Minerva
Com a transação, a empresa brasileira passa a ter uma capacidade total de abate de 26,380 mil cabeças por dia, contra capacidade de 17,330 mil em 31 de março de 2017.
“A aquisição faz parte da estratégia de complementação das operações do Grupo Minerva e representa mais um passo em sua diversificação geográfica na América do Sul”, informou o grupo em comunicado.
A Minerva divulgou estimativa da receita líquida consolidada de R$ 13 bilhões a R$ 14,4 bilhões para os próximos 12 meses. De acordo com os dados divulgados pela empresa, a receita líquida prevista de R$ 10,5 bilhões soma-se à projeção de R$ 3,2 bilhões com a aquisição no Mercosul, resultando em uma estimativa média de R$ 13,7 bilhões para o período de julho de 2017 a junho de 2018.