O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (22), Trump elogiou Lula, a quem classificou como “um homem muito agradável” e com quem disse ter tido “uma química excelente” em um breve contato nos bastidores.
Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil abrir os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas. Trump falou logo após Lula e contou ter se encontrado com ele rapidamente antes da cerimônia. “Nos abraçamos, conversamos por alguns segundos e decidimos marcar um encontro para a próxima semana. Foi rápido, mas houve uma ótima sintonia”, disse o republicano.
O presidente norte-americano destacou que gosta de negociar com pessoas de quem também gosta. “Ele parece ser um homem muito agradável. Tivemos ali cerca de 30 segundos de conversa, mas foi uma química excelente, um bom sinal”, afirmou.
Tarifas e críticas
Apesar do tom amistoso, Trump voltou a criticar tarifas cobradas pelo Brasil sobre produtos dos Estados Unidos, que, segundo ele, seriam “altas e injustas”. Como resposta, seu governo aplicou taxas de 50% contra algumas mercadorias brasileiras. “Faço isso porque defendo a soberania e os direitos dos cidadãos americanos”, justificou.
O republicano também acusou o Brasil de limitar liberdades por meio de “censura e uso político do sistema judicial”. Ainda assim, disse que o país pode “se dar bem” se estreitar a cooperação com os EUA. “Sem a gente, vão falhar como outros falharam”, declarou.
Reações brasileiras
O governo brasileiro rebateu as críticas, lembrando que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam superávit superior a US$ 400 bilhões na balança comercial com o Brasil, o que, segundo Brasília, não justificaria novas barreiras tarifárias.
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, enviou uma carta negando a existência de censura no país. Ele ressaltou que as decisões da Corte buscam assegurar a liberdade de expressão e classificou como “equivocada” a justificativa usada por Trump para aplicar as tarifas. “No Brasil de hoje, não se persegue ninguém”, afirmou Barroso.
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